ABORDAGEM CLÍNICA, EPIDEMIOLÓGICA E TERAPÊUTICA DA ENDOCARDITE INFECCIOSA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

INTRODUÇÃO: O presente trabalho consiste em uma revisão integrativa sobre a Endocardite Infecciosa (EI), uma doença grave caracterizada pela infecção do endocárdio, geralmente acometendo as válvulas cardíacas. A EI pode ter evolução insidiosa ou rápida e está associada a alta morbimortalidade. A condição representa um desafio clínico devido à sua apresentação variada e à necessidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado. OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi analisar o cenário da endocardite infecciosa no Brasil e discutir os principais aspectos clínicos, epidemiológicos e terapêuticos da doença, visando contribuir para a ampliação do conhecimento sobre o tema e estratégias para seu manejo. METODOLOGIA: Foram realizados levantamentos bibliográficos eletrônicos nas bases de dados BVS®, LILACS® e SCIELO®. O recorte histórico das publicações foi estabelecido no período de 2019 a 2024, e foram selecionados apenas artigos publicados em Língua Portuguesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados indicaram que a endocardite infecciosa é mais prevalente em homens e em indivíduos com comorbidades cardiovasculares preexistentes, especialmente aqueles com próteses valvares e usuários de drogas injetáveis. Os agentes etiológicos mais comuns foram Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo viridans. O tratamento antibiótico empírico inicial incluiu betalactâmicos associados a aminoglicosídeos e, em alguns casos, a necessidade de intervenção cirúrgica para remoção de vegetações ou substituição valvar. A prevenção foi abordada principalmente através da profilaxia antibiótica em pacientes de risco e do diagnóstico precoce para evitar complicações. CONCLUSÃO: O artigo destaca a importância do reconhecimento precoce da endocardite infecciosa, da adesão ao tratamento antimicrobiano adequado e da intervenção cirúrgica quando necessária. Além disso, reforça a necessidade de maior conscientização da população e dos profissionais de saúde para a redução da mortalidade e das complicações associadas à doença.