USO DE LUZ LED E TERAPIAS FOTOBIOMODULADORAS NO CONTROLE DE ACNE GRAVE E ROSÁCEA

Resumo

Introdução: A acne grave e a rosácea são condições dermatológicas inflamatórias crônicas, com impactos significativos na qualidade de vida. Terapias convencionais, como antibióticos e retinóides, frequentemente apresentam efeitos colaterais ou resistência, impulsionando a busca por alternativas. Nesse contexto, o uso de luz LED e terapias fotobiomoduladoras ganhou destaque, fundamentado em mecanismos como modulação da resposta inflamatória, redução da atividade das glândulas sebáceas e ação bactericida. Estudos recentes destacaram o potencial dessas tecnologias em regular processos celulares, como a produção de espécies reativas de oxigênio e a expressão de citocinas pró-inflamatórias, oferecendo uma abordagem não invasiva e complementar. Apesar do crescente interesse, lacunas persistem quanto à padronização de protocolos e eficácia comparativa entre diferentes comprimentos de onda. Objetivo: Esta revisão sistemática de literatura teve como objetivo avaliar a eficácia clínica e a segurança do uso de luz LED e terapias fotobiomoduladoras no controle de acne grave e rosácea, além de identificar parâmetros otimizados de aplicação e possíveis sinergias com tratamentos convencionais. Metodologia: A revisão seguiu o checklist PRISMA, utilizando as bases PubMed, Scielo e Web of Science. Os descritores foram: "LED therapy", "photobiomodulation", "acne vulgaris", "rosacea" e "low-level light therapy". Foram incluídos estudos clínicos publicados nos últimos 10 anos, em humanos, com texto completo disponível em inglês, português ou espanhol. Critérios de exclusão abrangeram estudos em animais, revisões narrativas e artigos sem dados quantitativos. A triagem resultou em 28 artigos elegíveis, analisados quanto a desfechos clínicos, protocolos e segurança. Resultados: Os estudos evidenciaram que a luz azul (415 nm) e vermelha (630 nm) reduziram lesões inflamatórias em até 70% em casos de acne, enquanto a luz âmbar (590 nm) mostrou eficácia na atenuação de eritema em rosácea. Protocolos combinando LED com fotossensibilizadores ou terapias tópicas ampliaram resultados. A fotobiomodulação em comprimentos de onda próximos ao infravermelho (850 nm) demonstrou efeitos anti-inflamatórios profundos, com mínimo risco térmico. Contudo, heterogeneidade metodológica limitou comparações diretas, e a maioria dos trabalhos careceu de acompanhamento de longo prazo. Conclusão: A luz LED e as terapias fotobiomoduladoras emergiram como estratégias promissoras, seguras e adjuvantes no manejo de acne grave e rosácea, com mecanismos de ação complementares aos tratamentos tradicionais. A otimização de parâmetros como dose, duração e combinação de comprimentos de onda requer investigação adicional para padronização clínica. A integração dessas tecnologias à prática dermatológica pode reduzir a dependência de fármacos, minimizando efeitos adversos e melhorando a adesão terapêutica.