TRATAMENTO DE PACIENTES COM TRANSTORNO DEPRESSIVO POR MEIO DE ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA: REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Pacientes com quadros severos de depressão, refratários a duas ou mais classes medicamentosas, são chamados de portadores de depressão resistente. Para esses indivíduos, sugere-se que a Estimulação cerebral profunda (ECP) seja uma possível alternativa baseada em aspectos neurofisiológicos, considerando conhecimentos atuais a respeito dos mecanismos fisiopatológicos da depressão. O objetivo desse estudo foi avaliar os benefícios do tratamento com ECP em pacientes com depressão, baseado em evidências. Foi realizada uma busca por trabalhos publicados nas plataformas PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde com os descritores “Deep brain stimulation”, “depression”, “treatment”, conectados pelo operador booleano “AND”. Foram incluídos no estudo artigos publicados nos últimos 5 anos (2018-2023), com textos completos, cujos tipos de estudo foram ensaio clínico e ensaio clínico controlado. Foram excluídos artigos duplicados nas bases de dados e aqueles que não apresentaram abordagens compatíveis com os objetivos deste estudo, tendo sido analisados um total de 12 artigos após aplicados os critérios supracitados. Os estudos analisados utilizaram escalas validadas para avaliação pré e pós-tratamento, tendo demonstrado que a maioria dos participantes responderam positivamente com pequena incidência de efeitos colaterais associados. Além disso, também foram considerados critérios subjetivos pertinentes aos pacientes baseados em avaliação clínica que propuseram melhora dos sintomas associados à depressão. Concluindo, os estudos demonstraram que existe um potencial de uso da ECP como tratamento de depressão resistente, porém em virtude dos números de participantes ainda limitados, sugere-se que estudos com maiores grupos populacionais sejam realizados.