LACTATO DE ADMISSÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA COMO MARCADOR PROGNÓSTICO APÓS INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS CARDÍACAS COM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i1.17978

Palavras-chave:

Lactato. Circulação Extracorpórea. Cirurgia Cardíaca. Hiperlactatemia.

Resumo

Objetivo: Correlacionar os valores de lactato sérico de admissão na Unidade de Terapia Intensiva com as principais complicações e desfechos dos quadros clínicos de pacientes em pós-operatório de cirurgias cardíacas, buscando estabelecer o metabólito como biomarcador para o desfecho destes casos a partir de comparações entre os dados observados na pesquisa. Métodos: Estudo de caráter quantitativo exploratório, realizado de forma retrospectiva, por meio da análise de prontuários médicos dos pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva em um hospital-escola no Oeste do Paraná, após procedimentos cardíacos com uso de circulação extracorpórea. Os prontuários analisados compreendem o período entre setembro de 2022 a novembro de 2023. Resultados: Dentre os 144 prontuários analisados, 38,09% dos pacientes apresentaram aumento do valor de ácido lático no momento de admissão na UTI. Desta porcentagem, 67,21% tinham idade superior ou igual a sessenta (60) anos. Cirurgias cardíacas combinadas apresentaram maior taxa de hiperlactatemia, visto que a média de circulação extracorpórea foi maior em pacientes com este metabólito acentuado. Os escores de gravidade (APACHE II e SAPS III) revelaram-se mais altos quando em situação de hiperlactatemia. Além disso, 66,66% dos pacientes com maior lactato necessitaram de hemodiálise e 53,12% apresentaram fibrilação atrial intraoperatória. A comorbidade pré-operatória analisada foi a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, presente em 27,27% dos pacientes com aumento do lactato. Ademais, pacientes com hiperlactatemia tiveram um tempo prolongado de permanência em ventilação mecânica invasiva e internamento na UTI. Verificou-se finalmente que 60% dos óbitos ocorreram em pacientes com lactato maior que 3mmol/L. Conclusão: Os resultados apresentam o lactato como um bom preditor no desfecho de pacientes em pós-operatório cardíaco, apresentando-se elevado em indivíduos que desenvolveram maiores complicações e desfechos desfavoráveis.

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Biografia do Autor

Yohanna Sponholz, Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

Graduação em andamento em Medicina (2020-2026), Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, FAG, Cascavel/PR.  

Anderson Roberto Dallazen, FMUSP

Doutor em Cardiologia pelo Instituto do Coração (2018-2022) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP, Brasil. Cardiologista e Intensivista na Fundação Hospitalar São Lucas, Cascavel/PR. 

André Krokoscz, Hospital Universitário do Oeste do Paraná

Médico com residência em Medicina Intensiva (2018-2021) pelo Hospital Universitário do Oeste do Paraná, HUOP, Brasil.  Médico Intensivista na Fundação Hospitalar São Lucas, Cascavel/PR. 

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Publicado

2025-01-27

Como Citar

Sponholz, Y., Dallazen, A. R., & Krokoscz, A. (2025). LACTATO DE ADMISSÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA COMO MARCADOR PROGNÓSTICO APÓS INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS CARDÍACAS COM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(1), 2432–2456. https://doi.org/10.51891/rease.v11i1.17978