ÓBITOS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA POPULAÇÃO IDOSA DO BRASIL E DO ESTADO DO PARANÁ ENTRE OS ANOS DE 2013 E 2023: FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i2.17083Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral. Idoso. Registros de Mortalidade.Resumo
Introdução: O envelhecimento populacional tem contribuído significativamente para o aumento da carga de doenças crônicas e eventos agudos como o acidente vascular cerebral (AVC), que é uma das principais causas de mortalidade e incapacidade no Brasil, particularmente entre os idosos. O AVC, que pode ser classificado em isquêmico ou hemorrágico, representa um risco substancial para a saúde pública. Objetivo: Analisar os óbitos por AVC na população idosa brasileira, com foco no estado do Paraná. Metodologia: Realizou-se uma análise descritiva do tipo série temporal, utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) extraídos do DATASUS. Foram analisados por faixa etária, gênero e tipo de AVC. Técnicas de estatística descritiva e regressão segmentada foram aplicadas para identificar tendências e mudanças ao longo do tempo. Resultados: Observou-se uma tendência de aumento nos óbitos por AVC durante e após o início da pandemia de COVID-19, sobretudo nas faixas etárias mais avançadas. O maior número de mortes foi registrado em idosos com 80 anos ou mais, indicando um risco crescente com o envelhecimento. Regionalmente, a Região Sudeste acumulou o maior número de óbitos por AVC, enquanto o Paraná registrou 2.932 mortes entre idosos, o que representa 1,4% do total nacional. Com uma predominância masculina de 59%, esses dados indicam uma mortalidade proporcionalmente inferior em comparação às regiões Sudeste e Nordeste. Discussão: O AVC é uma das principais causas de incapacidade e morte entre idosos no Brasil. A prevalência de AVCs cardioembólicos, frequentemente relacionados à fibrilação atrial, e a fragilidade entre os pacientes complicam a recuperação, exigindo intervenções preventivas. A pandemia de COVID-19 aumentou a incidência de AVCs e da mortalidade, ressaltando a necessidade de um atendimento mais eficiente. Com o envelhecimento da população, é crucial implementar políticas de saúde pública focadas na prevenção e manejo das doenças cerebrovasculares. Conclusão: Houve um aumento significativo nos óbitos, especialmente entre as faixas etárias mais elevadas, com a situação sendo agravada ainda mais pela pandemia de COVID-19. O estudo reconhece algumas limitações, como a dependência de dados secundários do SIH/SUS e a abordagem ecológica, que podem dificultar a identificação de relações causais diretas. Assim, as evidências ressaltam a necessidade urgente de intervenções voltadas à prevenção do AVC em idosos e de políticas públicas que considerem as particularidades regionais.
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