OBESIDADE INFANTIL: COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

Resumo

Introdução: A obesidade infantil emergiu como um dos desafios mais significativos da saúde pública nas últimas décadas, afetando milhões de crianças em todo o mundo. Este aumento alarmante está associado a mudanças nos padrões alimentares, sedentarismo e influências sociais e ambientais. A obesidade na infância não é apenas uma questão estética; suas complicações clínicas são graves e abrangem uma gama de condições físicas e psicológicas, como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemias e problemas emocionais. A compreensão dessas complicações é fundamental para desenvolver intervenções eficazes e promover um estilo de vida saudável entre crianças e adolescentes. Objetivo: Investigar as complicações clínicas da obesidade infantil, proporcionando uma visão abrangente sobre os efeitos adversos associados a essa condição. Metodologia: A pesquisa foi conduzida com base no checklist PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed, SciELO e Web of Science. Foram selecionados cinco descritores principais: “Saúde pública”, “Crianças”, "saúde infantil", "dieta", e "atividade física". Os critérios de inclusão compreenderam artigos publicados nos últimos 10 anos, estudos que abordaram complicações clínicas associadas à obesidade infantil e pesquisas em português ou inglês. Por outro lado, foram excluídos trabalhos que não focaram em crianças, estudos de revisão e artigos que não apresentaram dados originais. Resultados: Os resultados revelaram uma ampla gama de complicações clínicas associadas à obesidade infantil. Destacaram-se problemas como resistência à insulina, doenças cardiovasculares precoces e distúrbios ortopédicos. Além disso, observou-se que a obesidade pode levar a consequências psicológicas, como depressão e ansiedade, afetando a qualidade de vida das crianças. A literatura também indicou a importância da intervenção precoce e de programas de prevenção em escolas e comunidades. Conclusão: A obesidade infantil representa um desafio complexo, com complicações clínicas que se estendem muito além do peso corporal. A evidência obtida nesta revisão sublinha a urgência de estratégias integradas que promovam estilos de vida saudáveis, abordando tanto a saúde física quanto o bem-estar psicológico das crianças. O enfrentamento eficaz desse problema requer a colaboração de profissionais de saúde, educadores e famílias para criar ambientes que incentivem hábitos saudáveis desde a infância.