ABORDAGENS TERAPÊUTICAS EM PSIQUIATRIA INFANTIL: EFETIVIDADE DAS INTERVENÇÕES COMPORTAMENTAIS, OCUPACIONAIS E FARMACOLÓGICAS PARA TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15803Palavras-chave:
TDAH. Autismo. Psiquiatria infantil.Resumo
Introdução: A psiquiatria infantil enfrenta desafios complexos no diagnóstico e tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O TEA afeta a comunicação, interação social e comportamento, enquanto o TDAH se caracteriza por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Ambas as condições exigem abordagens terapêuticas específicas para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Este artigo revisa a eficácia das principais intervenções não farmacológicas e farmacológicas no tratamento dessas condições, destacando os métodos mais recentes e suas implicações clínicas. Objetivo: Os objetivos são avaliar a eficácia da ABA e da Integração Sensorial para TEA, analisar tratamentos farmacológicos e alternativos para TDAH, e explorar a importância da detecção precoce e abordagens multimodais. Metodologia: Esta revisão narrativa foi conduzida com base em uma análise abrangente da literatura científica sobre intervenções para TEA e TDAH. O levantamento de dados envolveu a seleção de estudos relevantes de bases de dados acadêmicas, incluindo artigos e meta-análises recentes. A revisão focou nas terapias ocupacionais, como a Integração Sensorial (IS), e nas abordagens comportamentais, com ênfase na Análise do Comportamento Aplicada (ABA), além de tratamentos farmacológicos para o TDAH. Os critérios de inclusão abrangeram estudos que analisaram a eficácia e os impactos dessas intervenções, com atenção especial para a detecção precoce e a personalização dos tratamentos. Resultados: A análise revelou que as intervenções baseadas em ABA demonstraram efeitos positivos significativos em habilidades comportamentais e adaptativas de crianças com TEA, embora a melhoria nas habilidades de linguagem e na gravidade dos sintomas não tenha sido tão marcante. A Integração Sensorial mostrou benefícios consideráveis no desenvolvimento motor e cognitivo, promovendo maior independência nas atividades diárias. Para o TDAH, o tratamento farmacológico, especialmente com metilfenidato e atomoxetina, mostrou eficácia em melhorar a atenção e reduzir impulsividade, mas com efeitos diferenciados nas funções executivas, dependendo do medicamento utilizado. Além disso, novas abordagens, como o uso de jogos digitais para treinamento de atenção, mostraram-se promissoras na complementação dos tratamentos tradicionais. As abordagens terapêuticas para TEA e TDAH apresentam uma gama de opções que variam em eficácia e aplicabilidade. As terapias comportamentais e ocupacionais são essenciais para o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas, com a ABA e a Integração Sensorial oferecendo benefícios específicos para cada transtorno. As intervenções farmacológicas continuam a desempenhar um papel crucial no manejo do TDAH, mas a personalização do tratamento, considerando a idade e as características individuais dos pacientes, é fundamental para otimizar os resultados. A integração de métodos alternativos, como os jogos digitais, pode oferecer alternativas eficazes e menos invasivas. A detecção precoce e a aplicação de abordagens multimodais são estratégias-chave para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Este estudo sublinha a importância de uma abordagem personalizada e multidisciplinar na psiquiatria infantil para abordar as complexidades dos transtornos do neurodesenvolvimento.
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