AVALIÇÃO DA GENOTOXICIDADE E TOXICIDADE DE AGROTÓXICOS UTILIZANDO BIOENSAIOS COM Allium cepa

Autores

  • Jaciele Aparecida Monteiro Universidade Estadual de Goiás
  • Walter Dias Júnior Universidade Estadual de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15786

Palavras-chave:

Raíz de cebola. Fungicida. Herbicida. Inseticida. IDA. Citotoxicidade.

Resumo

O aumento da utilização e consumo de agrotóxicos pela agricultura e população no Brasil tem como consequência, o aumento do aparecimento de resíduos dos pesticidas nos alimentos oferecidos no mercado e consequentemente na mesa dos brasileiros. Essa contaminação residual faz com que a população fique exposta a produtos químicos. Por isso, é importante realizar estudos que verifiquem a possibilidade de prejuízos na saúde dos trabalhadores rurais e dos consumidores desses alimentos contaminados. Por esse motivo, o objetivo desse trabalho foi avaliar se a dose de Ingestão Diária Aceitável preconizada pela Anvisa e a dose para a potabilidade da água recomenda pelo Ministério da Saúde promove genotoxicidade e toxicidade em testes com raízes de A. cepa. Para isso, utilizou-se três formulações comerciais das principais classes de agrotóxicos (fungicida, herbicida e inseticida) durante três períodos de exposição, 24, 48 e 72 horas. Como resultados encontramos que a divisão celular apresenta um pico no número de células em divisão entre as 15:30 e 17:00h. O índice de toxicidade medido pelo comprimento das raízes da cebola mostrou que as doses testadas não promovem inibição do crescimento das raízes, ou seja, não causa efeito toxico, ao avaliarmos o índice mitótico é possível afirmar que os agrotóxicos testados não alteram a proliferação celular, e para a variável genotoxicidade, quantificada pelo índice de alteração celular constatou-se que as doses estudadas não exercem efeito genotóxico nas raízes da cebola. Por outro lado, as doses IDA/Anvisa para Tamaron (Metamidofós), Glis480SL (Glifosato) e Dithane (Mancozebe) promoveram alterações no ciclo mitótico, sendo constatada a ocorrência de células poliploides, C-Metáfase, Perda cromossômica, Aderência cromossômica, Atraso cromossômico, Ponte e Quebra cromossômica, o que na verdade mostra um efeito genotóxico para esses agrotóxicos, mesmo em baixas doses.

Biografia do Autor

Jaciele Aparecida Monteiro, Universidade Estadual de Goiás

Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem. Universidade Estadual de Goiás. 

Walter Dias Júnior, Universidade Estadual de Goiás

Professor/Orientador Universidade Estadual de Goiás. Doutor em Fisiologia Geral (FMRP-USP)

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Publicado

2024-09-26

Como Citar

Monteiro, J. A., & Dias Júnior, W. (2024). AVALIÇÃO DA GENOTOXICIDADE E TOXICIDADE DE AGROTÓXICOS UTILIZANDO BIOENSAIOS COM Allium cepa. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(9), 3471–3489. https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15786