EDEMA DEPENDENTE E BLOQUEIO DE CANAIS DE CÁLCIO: ANÁLISE CRÍTICA DAS RESPOSTAS VASCULARES AO ANLODIPINO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15758Palavras-chave:
Edema periférico. Anlodipino. Bloqueadores de canal de cálcio. Hipertensão arterial. Farmacogenética.Resumo
O edema periférico associado ao uso de bloqueadores de canais de cálcio, como o anlodipino, é uma complicação comum no tratamento da hipertensão arterial, especialmente em pacientes idosos. Esse efeito adverso ocorre devido à vasodilatação seletiva das arteríolas, que não é acompanhada por dilatação venosa correspondente, resultando em um aumento da pressão hidrostática capilar e extravasamento de fluidos para o espaço intersticial. Esse processo gera acúmulo de líquido, principalmente nos membros inferiores. O envelhecimento agrava essa condição, ao haver uma redução natural da eficiência do sistema linfático e venoso, frequentemente comprometidos por comorbidades como insuficiência venosa e disfunções cardíacas. Além dos fatores hemodinâmicos, a resposta ao anlodipino pode ser modulada por características genéticas individuais, especialmente variações no gene responsável pela metabolização do fármaco. Pacientes com certas predisposições genéticas metabolizam o anlodipino de forma mais lenta, o que pode aumentar sua concentração no plasma e intensificar os efeitos colaterais, como o edema.Para evitar esses efeitos, alternativas como o ajuste de dose, o uso concomitante de diuréticos ou a substituição por outros agentes anti-hipertensivos, como inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA), podem ser eficazes. Assim, entender os mecanismos fisiológicos e genéticos que predispõem ao edema é crucial para otimizar o tratamento da hipertensão e minimizar complicações, especialmente em populações de maior risco, como os idosos.
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