CÂNCER DE ESÔFAGO E DOENÇA POR REFLUXO GASTROESOFÁGICO: INTERVENÇÕES CLÍNICAS E AVALIAÇÃO CIRÚRGICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15556Palavras-chave:
Câncer de esôfago. Doença do refluxo gastroesofágico. Intervenção cirúrgica. Manejo clínico. Complicações.Resumo
Introdução: O câncer de esôfago, uma neoplasia maligna que acomete o tubo que liga a faringe ao estômago, apresenta crescente incidência globalmente. Um dos fatores de risco mais bem estabelecidos para o desenvolvimento desse tipo de câncer é a doença por refluxo gastroesofágico (DRGE), condição crônica caracterizada pelo refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. A DRGE promove alterações inflamatórias e proliferativas na mucosa esofágica, predispondo ao desenvolvimento de neoplasias. Diante da complexidade dessa relação e da importância de intervenções eficazes, esta revisão sistemática busca explorar as evidências científicas sobre as intervenções clínicas e a avaliação cirúrgica no contexto do câncer de esôfago e da DRGE. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática foi sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre as diferentes intervenções clínicas e a avaliação cirúrgica em pacientes com câncer de esôfago e DRGE, com o intuito de identificar as melhores práticas e direcionar futuras pesquisas. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, seguindo os princípios da declaração PRISMA. A busca por artigos foi conduzida nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando os seguintes descritores: "esophageal cancer", "gastroesophageal reflux disease", "surgical intervention", "clinical management" e "complications". Foram incluídos estudos originais publicados nos últimos 10 anos, em língua inglesa ou portuguesa, que avaliaram intervenções clínicas ou cirúrgicas em pacientes com câncer de esôfago e DRGE. Os critérios de exclusão foram: revisões, estudos de caso, cartas ao editor e estudos com desenho metodológico inadequado. Resultados: A análise dos estudos incluídos revelou que a DRGE é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de adenocarcinoma esofágico, sendo a esofagectomia a principal abordagem cirúrgica para o tratamento do câncer de esôfago. As intervenções clínicas, como a terapia medicamentosa com inibidores de bomba de prótons, demonstraram eficácia na redução dos sintomas da DRGE e na prevenção da progressão para o adenocarcinoma em pacientes com esôfago de Barrett. No entanto, a escolha da melhor abordagem terapêutica depende de diversos fatores, incluindo o estádio da doença, as comorbidades do paciente e as preferências individuais. Conclusão: A relação entre a DRGE e o câncer de esôfago é complexa e multifatorial. A identificação precoce da DRGE e a implementação de medidas preventivas, como o controle dos fatores de risco e o tratamento adequado dos sintomas, são cruciais para reduzir a incidência do câncer de esôfago. A escolha da melhor abordagem terapêutica para cada paciente deve ser individualizada, considerando os benefícios e os riscos de cada intervenção. Estudos futuros são necessários para elucidar os mecanismos moleculares envolvidos na progressão da DRGE para o câncer e para desenvolver novas estratégias terapêuticas mais eficazes.
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