ASSOCIAÇÃO ENTRE DISBIOSE INTESTINAL E O TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Ananda Lopes Andrade Faculdade ZARNS
  • Camila de Góis Silveira e Sousa Faculdade ZARNS
  • Erica Nascimento Ferreira Faculdade ZARNS
  • Gustavo Henrique de Castro Passos Faculdade ZARNS
  • José Mariano de Souza Neto Faculdade ZARNS
  • Vinicius Pedreira Almeida Faculdade ZARNS
  • Roberto de Barros Silva Faculdade ZARNS

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15534

Palavras-chave:

Disbiose. Transtorno Depressivo Maior. Revisão Sistemática. Probióticos. Prebióticos.

Resumo

Introdução: O Transtorno Depressivo Maior (TDM) afeta cerca de 300 milhões de pessoas globalmente, sendo uma das principais causas de incapacidade laboral e associado a altas taxas de suicídio. As abordagens convencionais, como terapia farmacológica e psicoterapia, falham em até um terço dos casos, levando à busca por novas intervenções terapêuticas. Nesse contexto, o desequilíbrio na microbiota intestinal, conhecido como disbiose, afeta o humor, comportamento e cognição, tornando estratégias terapêuticas como probióticos, prebióticos e transplante de microbiota fecal promissoras para mitigar ou resolver sintomas depressivos, inclusive preventivamente. Objetivo: Verificar as evidências sobre a melhora dos sintomas do TDM mediante o tratamento da disbiose intestinal, descrever as alterações fisiológicas desencadeadas pela disbiose e identificar os processos neuroquímicos que associam essas alterações com a saúde psíquica. Metodologia: Trata-se de revisão sistemática sem metanálise, tendo por estratégia PICO: P - Indivíduos com diagnóstico de transtorno depressivo maior; I - Modulação do microbioma intestinal com probióticos ou prebióticos; C - Pacientes que não fizeram uso de probióticos e/ou probióticos; O – Diminuição da pontuação nas escalas de depressão validadas. Serão pesquisados os artigos nas plataformas PUBMED, MEDLINE e LILACS nos idiomas português, espanhol e inglês, nos últimos 10 anos, usando a estratégia de busca (“Transtorno depressivo maior” AND “Disbiose”) OR (“Transtorno depressivo maior” AND “Probióticos”) OR (“Transtorno depressivo maior” AND “Prebióticos”). Resultados e Discussão:  A busca resultou em 280 estudos, dos quais 276 foram excluídos. No final, 4 estudos foram incluídos na análise. Os resultados sugerem que a modulação do microbioma intestinal pode ter um efeito benéfico na redução dos sintomas do TDM, especialmente em intervenções mais longas e com populações específicas. No entanto, a heterogeneidade dos estudos e a variabilidade dos resultados indicam que a resposta ao tratamento não é uniforme, apontando para a necessidade de intervenções mais personalizadas. As mudanças observadas nos biomarcadores inflamatórios e metabólicos também indicam que o tratamento da disbiose pode atuar em vias neuroquímicas que influenciam o humor e a cognição, mas esses efeitos precisam ser mais bem compreendidos. Conclusão: A modulação do microbioma intestinal mostra-se promissora como intervenção adjuvante no tratamento do TDM, particularmente através de probióticos e prebióticos. No entanto, devido à variabilidade nos resultados dos estudos, são necessárias mais pesquisas para definir melhor a eficácia clínica dessa abordagem e entender os mecanismos subjacentes que ligam a saúde intestinal à saúde mental. A personalização das intervenções e a investigação de subgrupos específicos que possam se beneficiar mais dessas terapias são áreas promissoras para futuras pesquisas.

Biografia do Autor

Ananda Lopes Andrade, Faculdade ZARNS

Faculdade ZARNS.

Camila de Góis Silveira e Sousa, Faculdade ZARNS

Faculdade ZARNS.

Erica Nascimento Ferreira, Faculdade ZARNS

Faculdade ZARNS.

Gustavo Henrique de Castro Passos, Faculdade ZARNS

Faculdade ZARNS.

José Mariano de Souza Neto, Faculdade ZARNS

Faculdade ZARNS.

Vinicius Pedreira Almeida, Faculdade ZARNS

Faculdade ZARNS.

Roberto de Barros Silva, Faculdade ZARNS

Faculdade ZARNS.

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Publicado

2024-09-02

Como Citar

Andrade, A. L., Sousa, C. de G. S. e, Ferreira, E. N., Passos, G. H. de C., Souza Neto, J. M. de, Almeida, V. P., & Silva, R. de B. (2024). ASSOCIAÇÃO ENTRE DISBIOSE INTESTINAL E O TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(9), 178–192. https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15534