PRÉ-ECLÂMPSIA E DOENÇA DE PLACENTA: REPERCUSSÕES CLÍNICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15453Palavras-chave:
Pré-eclampsia. Doença. Placenta. Repercussões clínicas.Resumo
Introdução:A pré-eclâmpsia e as doenças de placenta representam graves complicações obstétricas, com impactos profundos na saúde materna e fetal. A pré-eclâmpsia, caracterizada por hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação, surge como um dos principais fatores de risco para a morbidade e mortalidade materna e perinatal. Essas condições resultam de uma complexa interação entre fatores imunológicos, genéticos e ambientais, culminando em disfunção endotelial e inflamação sistêmica. As consequências dessas complicações incluem restrição de crescimento intrauterino, parto prematuro e aumento do risco de doenças cardiovasculares a longo prazo para a mãe. A identificação precoce e o manejo adequado dessas condições são fundamentais para melhorar os desfechos materno-fetais.Objetivo:O objetivo da presente revisão sistemática foi investigar as evidências científicas mais recentes sobre as repercussões clínicas da pré-eclâmpsia e das doenças de placenta, focando nas estratégias de prevenção, manejo clínico e impactos a longo prazo.Metodologia:Para conduzir esta revisão, foi utilizado o checklist PRISMA como guia para seleção e análise dos estudos. As bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science foram exploradas, utilizando os seguintes descritores: "pré-eclâmpsia", "doença de placenta", "complicações neonatais", "risco cardiovascular" e "manejo clínico". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos, que abordassem aspectos clínicos e preventivos da pré-eclâmpsia, estudos realizados em humanos e artigos disponíveis em texto completo. Excluíram-se estudos com amostras menores que 50 participantes, revisões não sistemáticas e artigos não disponíveis em inglês ou português. Resultados:A análise dos estudos revelou que o uso de aspirina em baixas doses e a suplementação de cálcio são eficazes na redução da incidência de pré-eclâmpsia em gestantes de alto risco. Além disso, os resultados destacaram o impacto a longo prazo da condição, com aumento significativo do risco de hipertensão crônica e doenças cardiovasculares em mulheres que tiveram pré-eclâmpsia. A gestão multidisciplinar e o acompanhamento prolongado foram apontados como fundamentais para mitigar esses riscos. Conclusão: A revisão concluiu que a pré-eclâmpsia e as doenças de placenta exigem uma abordagem preventiva e terapêutica abrangente, com foco na identificação precoce e no manejo adequado dos fatores de risco. A implementação de estratégias preventivas, aliada ao acompanhamento contínuo, pode melhorar significativamente os desfechos materno-fetais e reduzir as complicações a longo prazo, sublinhando a importância de um seguimento clínico prolongado.
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