ENDOMETRIOSE E DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E POSSIBILIDADES CIRÚRGICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15362Palavras-chave:
Endometriose. Doenças inflamatórias intestinais. Manifestações clínicas. Cirurgia.Resumo
Introdução: A endometriose e as doenças inflamatórias intestinais (DII) são condições crônicas que compartilham características inflamatórias, sintomas sobrepostos e desafios diagnósticos. A endometriose afeta uma proporção significativa de mulheres em idade reprodutiva, causando dor pélvica crônica, infertilidade e comprometimento da qualidade de vida. As DII, incluindo Doença de Crohn e colite ulcerativa, são doenças intestinais crônicas que também provocam dor abdominal, diarreia e complicações sistêmicas. A coexistência dessas doenças em uma mesma paciente agrava o quadro clínico e dificulta o manejo terapêutico. Assim, a literatura tem enfatizado a necessidade de uma compreensão mais profunda das interações entre essas patologias, bem como o desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais eficazes e personalizadas. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática de literatura foi analisar a interseção entre endometriose e doenças inflamatórias intestinais, explorando suas manifestações clínicas, desafios diagnósticos, e as opções terapêuticas mais adequadas para pacientes que apresentam ambas as condições. Metodologia: A metodologia seguiu o checklist PRISMA, abrangendo uma pesquisa abrangente nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram utilizados os seguintes descritores: "endometriose", "doenças inflamatórias intestinais", "coexistência", "tratamento" e "diagnóstico". Os critérios de inclusão consistiram em estudos publicados nos últimos dez anos, artigos que abordaram diretamente a relação entre as duas condições, e estudos clínicos que analisaram intervenções terapêuticas. Os critérios de exclusão incluíram estudos publicados antes de 2013, artigos que não mencionaram explicitamente a interação entre endometriose e DII, e estudos com amostras menores de 50 pacientes. Resultados: Os resultados apontaram que a coexistência de endometriose e DII complica significativamente o diagnóstico, levando a atrasos no tratamento e a um aumento da morbilidade. As estratégias terapêuticas atuais mostraram-se eficazes, porém limitadas, especialmente no manejo de sintomas sobrepostos. A terapia hormonal para endometriose pode agravar as DII, e a cirurgia, embora eficaz, exige planejamento cuidadoso devido às possíveis complicações. Conclusão: Concluiu-se que a coexistência de endometriose e DII requer uma abordagem multidisciplinar e personalizada, com maior ênfase na individualização do tratamento e no suporte psicológico. Estudos futuros são necessários para desenvolver terapias mais eficazes e melhorar a qualidade de vida das pacientes.
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