OBESIDADE INFANTIL E RISCO CARDIOVASCULAR FUTURO: O PAPEL DA CIRURGIA BARIÁTRICA EM CASOS GRAVES

Autores

  • Luca de Barros Guimaraes Alves FAMINAS
  • Maria Cecília Barcelos Goulart Faminas
  • Daniel Sena Assunção Centro Universitário de Caratinga-UNEC
  • Marianna Oliveira Bueno Universidade de Itaúna
  • Rafael Faleiro Guerra Pinto Coelho FCMMG

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15348

Palavras-chave:

Obesidade infantil. Risco cardiovascular. Cirurgia bariátrica. Casos graves.

Resumo

Introdução: A obesidade infantil tem se consolidado como uma das principais preocupações de saúde pública devido ao seu impacto significativo na saúde a longo prazo, particularmente em relação ao risco cardiovascular. Crianças e adolescentes com obesidade grave enfrentam não apenas desafios físicos imediatos, mas também um risco elevado de desenvolver doenças crônicas na vida adulta, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardíacas. A cirurgia bariátrica emergiu como uma opção de tratamento para casos graves de obesidade pediátrica, apresentando resultados promissores na perda de peso e na redução dos riscos cardiovasculares associados. No entanto, o procedimento não está isento de riscos, e sua aplicação em pacientes jovens levanta questões éticas e legais, além de exigir um acompanhamento contínuo e multidisciplinar.Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática de literatura foi avaliar a eficácia, os riscos e as implicações da cirurgia bariátrica em crianças e adolescentes com obesidade grave, com foco nos impactos a longo prazo na saúde cardiovascular e na qualidade de vida, baseando-se em estudos e artigos publicados nos últimos 10 anos.Metodologia: A metodologia desta revisão foi estruturada com base no checklist PRISMA. As bases de dados utilizadas incluíram PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando descritores como "obesidade infantil", "cirurgia bariátrica", "risco cardiovascular", "resultados a longo prazo" e "impacto psicológico". Foram considerados artigos que abordassem intervenções cirúrgicas em pacientes pediátricos com obesidade grave. Como critérios de inclusão, selecionaram-se estudos que envolvessem amostras de crianças e adolescentes, que tivessem pelo menos um ano de seguimento pós-cirúrgico e que fossem publicados em periódicos revisados por pares. Já entre os critérios de exclusão, desconsideraram-se artigos que tratassem exclusivamente de adultos, estudos com menos de 10 participantes e pesquisas que não apresentassem dados de acompanhamento.Resultados: Os resultados indicaram que a cirurgia bariátrica contribuiu significativamente para a redução do peso e das comorbidades associadas à obesidade, especialmente no que se refere à melhora dos índices de risco cardiovascular. No entanto, também foram relatadas complicações nutricionais e a necessidade de acompanhamento psicológico contínuo. Estudos ressaltaram a importância de um acompanhamento pós-operatório rigoroso e de um suporte multidisciplinar para maximizar os benefícios e minimizar os riscos. Conclusão: Concluiu-se que, embora a cirurgia bariátrica ofereça benefícios substanciais para crianças e adolescentes com obesidade grave, sua aplicação deve ser cuidadosamente avaliada, considerando tanto os aspectos clínicos quanto os desafios éticos e legais. O sucesso a longo prazo depende de uma abordagem integrada que envolva suporte nutricional, psicológico e social contínuo.

Biografia do Autor

Luca de Barros Guimaraes Alves, FAMINAS

Médico, Faculdade de Minas (FAMINAS-BH).

Maria Cecília Barcelos Goulart, Faminas

Médica, Faminas-BH.

Daniel Sena Assunção, Centro Universitário de Caratinga-UNEC

Médica, Centro Universitário de Caratinga-UNEC.

Marianna Oliveira Bueno, Universidade de Itaúna

Médica, Universidade de Itaúna -UIT.

Rafael Faleiro Guerra Pinto Coelho, FCMMG

Médico, Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais – FCMMG.

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Publicado

2024-08-19

Como Citar

Alves, L. de B. G., Goulart, M. C. B., Assunção, D. S., Bueno, M. O., & Coelho, R. F. G. P. (2024). OBESIDADE INFANTIL E RISCO CARDIOVASCULAR FUTURO: O PAPEL DA CIRURGIA BARIÁTRICA EM CASOS GRAVES. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(8), 2183–2195. https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15348