CÂNCER DE MAMA NA MULHER JOVEM: UMA REVISÃO NARRATIVA

Resumo

É considerado câncer de mama em mulheres jovens, quando esse é identificado em mulheres com idade inferior a 40 anos. Apesar dessa faixa etária representar uma pequena taxa da prevalência do câncer de mama no Brasil possui pior prognóstico, sendo a principal causa de morte relacionada ao câncer entre as mulheres com menos de 40 anos. A metodologia utilizada foi uma revisão narrativa, foram consultadas as bases de dados SciELO, PubMed e LILACS. Como critérios de inclusão, foram selecionados artigos científicos em língua portuguesa e inglesa, que abordassem o tema em questão, publicados entre 2006 e 2021, disponíveis gratuitamente nas plataformas consultadas. Os resultados obtidos demonstraram que o principal fator de risco é o histórico familiar, sendo as variantes patogênicas nos genes BRCA1 e BRCA2 responsáveis pela maioria dos casos. Outro fator de risco é a exposição à radiação ionizante na infância ou na adolescência, especialmente as com histórico de tratamento oncológico prévio, como a radioterapia. Outros fatores de risco são associados como: menarca precoce, uso de álcool, uso de contraceptivos orais e paridade tardia. Na faixa etária abaixo de 40 anos é recomendado como propedêutica à associação de ultrassonografia e ressonância magnética junto a mamografia, devido a maior densidade mamária desse grupo. O tratamento do câncer de mama nas mulheres jovens tende a ser similar às outras faixas etárias e se baseia nas características do tumor, nas peculiaridades da paciente, na probabilidade de recorrência e no potencial de resposta à terapia. Além disso, devido à maior recorrência, associada à idade jovem, deve-se ter atenção ao status axilar, sendo a irradiação adicional benéfica em casos específicos. Conclui-se a relevância da investigação propedêutica correta em mulheres jovens com histórico familiar de câncer de mama, com diagnóstico precoce para tratamento individualizado.