ACROMEGALIA E DOENÇAS CARDIOVASCULARES: RISCOS, ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E NECESSIDADE CIRÚRGICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15267Palavras-chave:
Acromegalia. Doenças cardiovasculares. Riscos. Prevenção. Cirurgia.Resumo
Introdução A acromegalia é uma desordem endócrina crônica, geralmente causada por um adenoma hipofisário que resulta na produção excessiva de hormônio do crescimento (GH) e fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1). Esta condição é frequentemente associada a várias complicações cardiovasculares, incluindo hipertensão arterial, hipertrofia ventricular e cardiomiopatia.. Compreender a relação entre acromegalia e doenças cardiovasculares é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento, incluindo intervenções farmacológicas, radioterapia e cirurgia. Objetivo A revisão sistemática de literatura teve como objetivo avaliar os riscos cardiovasculares associados à acromegalia, identificar estratégias de prevenção eficazes e analisar a necessidade de intervenções cirúrgicas no manejo da condição. Metodologia Foi utilizada a metodologia baseada no checklist PRISMA para realizar a revisão. Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Os descritores utilizados incluíram "acromegalia", "doenças cardiovasculares", "hipertrofia ventricular", "cardiomiopatia" e "tratamento cirúrgico". A pesquisa focou em artigos publicados nos últimos 10 anos. Os critérios de inclusão foram: estudos clínicos e experimentais sobre acromegalia e complicações cardiovasculares, artigos revisados por pares e pesquisas que apresentaram dados quantitativos ou qualitativos relevantes. Os critérios de exclusão abrangeram: estudos com foco em condições não relacionadas à acromegalia, artigos não revisados por pares e pesquisas de fontes não científicas. Resultados Os resultados destacaram que a acromegalia está fortemente associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão e cardiomiopatia. O tratamento farmacológico, incluindo análogos da somatostatina e antagonistas dos receptores de GH, demonstrou ser eficaz na redução dos níveis de hormônio do crescimento e IGF-1, contribuindo para a mitigação dos riscos cardiovasculares. A intervenção cirúrgica, especialmente a remoção do adenoma hipofisário, mostrou-se uma abordagem efetiva para controlar a acromegalia e melhorar a função cardiovascular. A radioterapia, embora útil em alguns casos, pode levar a complicações a longo prazo que exigem monitoramento contínuo. Conclusão A revisão sistemática evidenciou a importância de um manejo integrado da acromegalia e suas complicações cardiovasculares. O tratamento deve incluir uma combinação de terapias farmacológicas, intervenções cirúrgicas e estratégias de prevenção para minimizar os riscos e melhorar a saúde cardiovascular dos pacientes. A abordagem multidisciplinar é crucial para otimizar os resultados clínicos e proporcionar um suporte abrangente aos pacientes com acromegalia.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY