LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA REVISÃO ABRANGENTE DA EPIDEMIOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, ABORDAGENS DIAGNÓSTICAS E AVANÇOS NO TRATAMENTO

Autores

  • Hermes Vinícius Nogueira Neri Centro Universitário de Belo Horizonte - UNIBH
  • Daniella Didres Teixeira Universidade Presidente Antônio Carlos
  • Isabela Gomes Lima Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
  • Luana Costa Vieira Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
  • Lucas Valadares Motta Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15155

Palavras-chave:

Lúpus Eritematoso Sistêmico. Autoimunidade. Diagnóstico. Tratamento. Eidemiologia.

Resumo

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica e complexa caracterizada pela produção de autoanticorpos e inflamação que pode afetar diversos órgãos e sistemas do corpo. Essa condição é marcada por uma ampla gama de manifestações clínicas e pode variar significativamente em gravidade, desde formas leves até formas graves que comprometem a qualidade de vida e a funcionalidade do paciente. Historicamente, o LES foi descrito inicialmente no início do século XX, mas seu entendimento evoluiu com o avanço das técnicas de diagnóstico e a descoberta de biomarcadores. A prevalência do LES é global, com variações significativas dependendo de fatores étnicos e regionais. A doença afeta principalmente mulheres em idade fértil, com uma prevalência aproximadamente 9 vezes maior em mulheres do que em homens. Estudos epidemiológicos destacam uma alta incidência entre populações de ascendência africana e hispânica, sugerindo um componente genético e ambiental significativo na patogênese da doença. As manifestações clínicas do LES são extremamente variadas e podem incluir sintomas articulares, cutâneos, renais, hematológicos e neurológicos. Entre os sinais clínicos mais comuns estão o eritema malar, artrite, e lesões discoides, além de complicações mais graves como a nefrite lúpica e a encefalite. O diagnóstico é desafiador e frequentemente requer uma combinação de critérios clínicos e laboratoriais, incluindo a presença de autoanticorpos como o anti-DNA de cadeia dupla e anti-Sm. O tratamento do LES tem avançado com a introdução de novas terapias que visam a modulação do sistema imunológico e a redução da atividade da doença. O manejo inclui o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), corticoides e imunossupressores tradicionais, bem como novas drogas biológicas como o belimumabe, que demonstraram eficácia na redução de surtos e no controle dos sintomas. Apesar desses avanços, o tratamento continua a ser um desafio devido à variabilidade da doença e à necessidade de personalização das terapias. A abordagem multidisciplinar é essencial para o manejo do LES, envolvendo não apenas reumatologistas, mas também especialistas em nefrologia, dermatologia, e outras áreas conforme as necessidades do paciente. A pesquisa continua a se concentrar na identificação de biomarcadores para diagnóstico precoce, na compreensão dos mecanismos patogênicos e na busca por novas opções terapêuticas com menos efeitos colaterais. Este artigo oferece uma revisão abrangente da literatura atual sobre o LES, abordando sua epidemiologia, manifestações clínicas, estratégias diagnósticas e opções terapêuticas. Destaca a importância de um diagnóstico precoce e de uma abordagem terapêutica personalizada para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir o impacto da doença.

Biografia do Autor

Hermes Vinícius Nogueira Neri, Centro Universitário de Belo Horizonte - UNIBH

Médico pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UNIBH.

Daniella Didres Teixeira, Universidade Presidente Antônio Carlos

Acadêmica de Medicina Universidade Presidente Antônio Carlos.

Isabela Gomes Lima, Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais

Acadêmica de Medicina. Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Luana Costa Vieira, Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais

Acadêmica de Medicina. Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Lucas Valadares Motta, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Médico pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Downloads

Publicado

2024-08-12

Como Citar

Neri, H. V. N., Teixeira, D. D., Lima, I. G., Vieira, L. C., & Motta, L. V. (2024). LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA REVISÃO ABRANGENTE DA EPIDEMIOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, ABORDAGENS DIAGNÓSTICAS E AVANÇOS NO TRATAMENTO. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(8), 1184–1191. https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15155