LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA REVISÃO ABRANGENTE DA EPIDEMIOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, ABORDAGENS DIAGNÓSTICAS E AVANÇOS NO TRATAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15155Palavras-chave:
Lúpus Eritematoso Sistêmico. Autoimunidade. Diagnóstico. Tratamento. Eidemiologia.Resumo
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica e complexa caracterizada pela produção de autoanticorpos e inflamação que pode afetar diversos órgãos e sistemas do corpo. Essa condição é marcada por uma ampla gama de manifestações clínicas e pode variar significativamente em gravidade, desde formas leves até formas graves que comprometem a qualidade de vida e a funcionalidade do paciente. Historicamente, o LES foi descrito inicialmente no início do século XX, mas seu entendimento evoluiu com o avanço das técnicas de diagnóstico e a descoberta de biomarcadores. A prevalência do LES é global, com variações significativas dependendo de fatores étnicos e regionais. A doença afeta principalmente mulheres em idade fértil, com uma prevalência aproximadamente 9 vezes maior em mulheres do que em homens. Estudos epidemiológicos destacam uma alta incidência entre populações de ascendência africana e hispânica, sugerindo um componente genético e ambiental significativo na patogênese da doença. As manifestações clínicas do LES são extremamente variadas e podem incluir sintomas articulares, cutâneos, renais, hematológicos e neurológicos. Entre os sinais clínicos mais comuns estão o eritema malar, artrite, e lesões discoides, além de complicações mais graves como a nefrite lúpica e a encefalite. O diagnóstico é desafiador e frequentemente requer uma combinação de critérios clínicos e laboratoriais, incluindo a presença de autoanticorpos como o anti-DNA de cadeia dupla e anti-Sm. O tratamento do LES tem avançado com a introdução de novas terapias que visam a modulação do sistema imunológico e a redução da atividade da doença. O manejo inclui o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), corticoides e imunossupressores tradicionais, bem como novas drogas biológicas como o belimumabe, que demonstraram eficácia na redução de surtos e no controle dos sintomas. Apesar desses avanços, o tratamento continua a ser um desafio devido à variabilidade da doença e à necessidade de personalização das terapias. A abordagem multidisciplinar é essencial para o manejo do LES, envolvendo não apenas reumatologistas, mas também especialistas em nefrologia, dermatologia, e outras áreas conforme as necessidades do paciente. A pesquisa continua a se concentrar na identificação de biomarcadores para diagnóstico precoce, na compreensão dos mecanismos patogênicos e na busca por novas opções terapêuticas com menos efeitos colaterais. Este artigo oferece uma revisão abrangente da literatura atual sobre o LES, abordando sua epidemiologia, manifestações clínicas, estratégias diagnósticas e opções terapêuticas. Destaca a importância de um diagnóstico precoce e de uma abordagem terapêutica personalizada para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir o impacto da doença.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY