ESTRATÉGIAS APRIMORADAS DE MANEJO CIRÚRGICO PARA TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL EM DOENÇA RENAL EM ESTÁGIO TERMINAL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15149Palavras-chave:
Doença renal crônica. Terapia de substituição renal. Acesso vascular. Cirurgia vascular e complicações.Resumo
.
A doença renal em estágio terminal (DRET) representa um grave problema de saúde pública, demandando terapias de substituição renal (TSR) como hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal. O sucesso a longo prazo dessas terapias depende de diversos fatores, incluindo o manejo cirúrgico adequado das acessões vasculares. As acessões vasculares são essenciais para o acesso vascular durante os procedimentos de diálise e transplante renal, e a escolha do tipo de acesso, as técnicas cirúrgicas e o cuidado pós-operatório são cruciais para garantir a sua permeabilidade e durabilidade. A evolução das técnicas cirúrgicas e o desenvolvimento de novos materiais têm proporcionado avanços significativos no manejo das acessões vasculares, visando minimizar complicações e otimizar a qualidade de vida dos pacientes com DRET. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática da literatura foi identificar e analisar as estratégias cirúrgicas mais recentes e eficazes para o manejo das acessões vasculares em pacientes com DRET, com foco na melhoria da permeabilidade, durabilidade e qualidade de vida. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, seguindo as recomendações da declaração PRISMA, nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. A busca foi realizada utilizando os seguintes descritores: "doença renal crônica", "terapia de substituição renal", "acesso vascular", "cirurgia vascular" e "complicações". Foram incluídos artigos originais publicados nos últimos 10 anos, que abordaram estudos em humanos adultos submetidos a procedimentos cirúrgicos para criação ou manutenção de acessos vasculares para TSR. Foram excluídos estudos com animais, revisões sistemáticas, metanálises e artigos que não abordaram o tema central da revisão. Resultados: A revisão identificou um conjunto de estudos que abordaram diferentes aspectos do manejo cirúrgico das acessões vasculares, incluindo a escolha do tipo de acesso, as técnicas cirúrgicas, o uso de novos materiais e o impacto nas taxas de complicações e na sobrevida dos acessos. Os resultados evidenciaram a importância da individualização do tratamento, considerando as características de cada paciente e o tipo de TSR. A utilização de novas técnicas cirúrgicas, como a criação de fístulas arteriovenosas com anastomoses end-to-side e o uso de materiais biocompatíveis, mostrou-se promissora em termos de redução das taxas de trombose e estenose. Além disso, o cuidado pós-operatório intensivo, com o monitoramento regular da permeabilidade do acesso e o tratamento precoce das complicações, é fundamental para garantir a durabilidade das acessões vasculares. Conclusão: O manejo cirúrgico das acessões vasculares em pacientes com DRET é um aspecto fundamental para o sucesso das terapias de substituição renal. A evolução das técnicas cirúrgicas e o desenvolvimento de novos materiais têm proporcionado avanços significativos nesse campo, permitindo a criação de acessos vasculares mais duradouros e com menor taxa de complicações. A individualização do tratamento, a escolha adequada do tipo de acesso e o cuidado pós-operatório intensivo são essenciais para garantir a qualidade de vida dos pacientes com DRET. No entanto, são necessárias mais pesquisas para avaliar a eficácia a longo prazo das novas técnicas cirúrgicas e identificar novos biomarcadores que possam prever o sucesso das acessões vasculares.
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