TÉCNICAS CIRÚRGICAS AVANÇADAS EM APENDICITE SUPURADA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: MANEJO CLÍNICO DE ABORDAGENS MINIMAMENTE INVASIVAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15127Palavras-chave:
Apendicite. Crianças. Laparoscópica. Cirurgia minimamente invasiva. Apendicite supurativa.Resumo
A apendicite aguda é uma das emergências abdominais mais comuns na infância. A cirurgia, tradicionalmente realizada por laparotomia, tem evoluído com a introdução de técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia. Essas abordagens oferecem benefícios como menor trauma cirúrgico, menor tempo de recuperação e melhor resultado estético. No entanto, a apendicite supurada, caracterizada pela presença de pus no apêndice, representa um desafio adicional para o cirurgião pediátrico, exigindo um manejo cuidadoso e a escolha da técnica cirúrgica mais adequada. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática da literatura foi avaliar a eficácia e a segurança das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas no tratamento da apendicite supurada em pacientes pediátricos. Metodologia: A revisão sistemática foi conduzida seguindo os critérios do checklist PRISMA. Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science para a busca de artigos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram: "apendicitis", "children", "laparoscopy", "minimally invasive surgery" e "suppurative appendicitis". Os critérios de inclusão foram: estudos originais, pacientes pediátricos, diagnóstico de apendicite supurada e comparação entre laparoscopia e laparotomia. Os critérios de exclusão foram: revisões, metanálises, estudos de caso, pacientes adultos e apendicite não supurada. Resultados: A busca resultou em um número significativo de artigos, que foram analisados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Os resultados indicaram que a laparoscopia é uma técnica segura e eficaz no tratamento da apendicite supurada em crianças, com menor tempo de internação hospitalar, menor dor pós-operatória e menor incidência de complicações em comparação com a laparotomia. No entanto, a conversão para laparotomia pode ser necessária em alguns casos, principalmente em pacientes com apendicite perfurada ou com peritonite difusa. Conclusão: As técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, especialmente a laparoscopia, representam um avanço significativo no tratamento da apendicite supurada em pacientes pediátricos. Os benefícios dessas abordagens incluem menor trauma cirúrgico, menor tempo de recuperação e melhor resultado estético. No entanto, a escolha da técnica cirúrgica deve ser individualizada, levando em consideração as características do paciente e a gravidade da doença. A conversão para laparotomia pode ser necessária em alguns casos, mas a laparoscopia continua sendo a técnica de escolha para a maioria dos pacientes.
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