DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS MATERNOS E ADAPTAÇÕES CARDIOVASCULARES FETAIS: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E MANEJO A LONGO PRAZO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i7.14776Palavras-chave:
Distúrbios hipertensivos na gravidez. Adaptações cardiovasculares fetais. Longo prazo. Implicações. Manejo clínico e revisão sistemática.Resumo
Os distúrbios hipertensivos maternos representam uma complicação significativa durante a gestação, podendo incluir pré-eclâmpsia, eclâmpsia e hipertensão gestacional. Essas condições estão associadas a alterações fisiológicas que impactam não apenas a saúde materna, mas também o desenvolvimento fetal, especialmente no que diz respeito às adaptações cardiovasculares. Durante a gravidez, o feto depende inteiramente do sistema cardiovascular materno para o fornecimento adequado de nutrientes e oxigênio. Qualquer comprometimento nesse sistema pode resultar em repercussões adversas no desenvolvimento fetal, influenciando potencialmente a saúde cardiovascular a longo prazo da criança. Objetivo: Esta revisão sistemática de literatura visa analisar e sintetizar estudos recentes sobre os efeitos dos distúrbios hipertensivos maternos nas adaptações cardiovasculares fetais, destacando implicações clínicas imediatas e considerações para o manejo a longo prazo. Metodologia: A revisão seguiu as diretrizes do PRISMA. A busca foi conduzida nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando os descritores "hypertensive disorders in pregnancy", "fetal cardiovascular adaptations", "long-term implications", "clinical management", e "systematic review". Os critérios de inclusão foram estudos publicados nos últimos 10 anos, focados em humanos, com textos completos disponíveis e escritos em inglês, espanhol ou português. Critérios de exclusão incluíram estudos com amostras não representativas, revisões narrativas e aqueles sem dados sobre adaptações cardiovasculares fetais. Resultados: A análise dos estudos revelou que distúrbios hipertensivos maternos estão frequentemente associados a alterações nos parâmetros hemodinâmicos e estruturais do feto, incluindo modificações na resistência vascular, fluxo sanguíneo placentário e desenvolvimento cardíaco. Estas adaptações podem predispor o feto a complicações neonatais e aumentar o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta. Conclusão: A compreensão desses mecanismos é crucial para o manejo clínico de gestações afetadas por hipertensão, permitindo intervenções preventivas e monitoramento adequado para mitigar o impacto a longo prazo na saúde cardiovascular da prole.
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