ASSOCIAÇÃO ENTRE CIRURGIA BARIÁTRICA E ANEMIA FERROPRIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

A obesidade é considerada um problema de saúde pública e estratégias para seu tratamento incluem mudanças no estilo de vida, intervenções farmacológicas e/ou cirúrgicas. Apesar da significativa perda de peso e redução das comorbidades que se seguem à cirurgia bariátrica (CB), existem complicações e riscos nutricionais associados, como o aumento do risco de deficiências ferro e, consequentemente, anemia. O objetivo no presente trabalho foi analisar a relação entre anemia ferropriva (AF) e CB. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com levantamento de dados realizado entre abril e junho de 2023 nas bases Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores em saúde e combinações com operadores booleanos: “Cirurgia bariátrica AND anemia ferropriva”; “Bariatric Surgery AND Anemia Iron-Deficiency”; “Cirugía Bariátrica AND Anemia Ferropénica”; “Sleeve Gastrectomy AND Anemia”; “Gastric Bypass AND Anemia”; “Gastroplastia AND anemia”. Com base nos critérios de inclusão e exclusão, 8 artigos foram selecionados para compor o estudo. Os procedimentos mais realizados são Bypass gástrico laparoscópico em Y-de-Roux (BGYR) e gastrectomia vertical (SG). Esses procedimentos alteram a anatomia e a fisiologia gastrointestinal, influenciando a absorção de micronutrientes, como o ferro. Assim, os pacientes tornam-se suscetíveis ao desenvolvimento de AF. O BGYR apresenta um maior risco do desenvolvimento de AF quando comparado com SG, que têm sido recomendado como a melhor opção do ponto de vista nutricional. Portanto, o acompanhamento adequado e a suplementação tornam-se elementos cruciais para mitigar a deficiência de ferro associado à CB, independentemente da técnica utilizada.