FATORES DE RISCO PARA DOENÇA ATEROSCLERÓTICA EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i3.13187Palavras-chave:
Aterosclerose. Fatores de Risco. Estudantes.Resumo
A aterosclerose é uma doença inflamatória de origem multifatorial, sendo os fatores de risco para essa enfermidade divididos em não modificáveis (sexo, idade, história familiar) e modificáveis (dislipidemia, hipertensão arterial, hiperglicemia, obesidade, alcoolismo, tabagismo e sedentarismo). Em acadêmicos, esses agravantes podem surgir pela mudança de estilo de vida ao entrar na universidade. Objetivou-se identificar os fatores de risco para doença aterosclerótica em universitários, verificando perfil lipídico, glicêmico, pressórico, indicadores antropométricos e hábitos de vida, bem como suas relações com o surgimento dessa patologia. Estudo observacional, analítico, transversal, de abordagem quantitativa, realizado durante o período de maio de 2019 a janeiro de 2020. A pesquisa foi composta por estudantes universitários dos cursos de medicina e enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Os dados foram obtidos a partir da coleta de amostra sanguínea, aferição da pressão arterial, avaliação antropométrica e questionário validado adaptado de Heinisch RH, Zukowski CN, Heinisch LM sobre perfil socioeconômico e hábitos de vida. A amostra foi constituída de 134 discentes, sendo 46(34,3%) homens e 88 (65,7%) mulheres, com uma maioria de 127 (94,8%) pertencendo a faixa etária entre 18 e 30 anos. Os fatores de risco identificados em maior prevalência foram sedentarismo (67,2%) e etilismo (55,1%). Cerca de 35 (26,1%) alunos foram classificados em sobrepeso ou em algum grau de obesidade, 33 (24,6%) estavam com medidas acima do normal para circunferência abdominal e 38 (28,4%) apresentaram valores inadequados da relação cintura estatura. No que se refere ao perfil laboratorial e pressórico, verificou-se resultados alterados nos parâmetros de colesterol (22,4%), triglicerídeos (13,5%), LDL (12%) e HDL (19,4%). A glicemia e a pressão arterial foram diferentes da normalidade em 2,2% e 14,2% dos entrevistados, respectivamente. A análise da relação entre gênero e os demais fatores de risco identificados evidenciou significância estatística entre sexo e os valores de pressão arterial (p < 0,001) e HDL (p = 0,020). Ademais, foram observadas correlações significativas entre índice de massa corporal e as variáveis lipídicas (p<0,05), glicêmicas (p=0,007) e pressóricas (p=0,025), bem como entre a relação cintura estatura com LDL (p=0,005), CT (p=0,002) e glicose no sangue (p=0,021). Nesse panorama, percebeu-se que os fatores de risco para doença aterosclerótica encontrados nesta pesquisa, em sua maioria, são modificáveis, por isso, reforça-se a importância de incentivar a adoção de um estilo de vida mais saudável no público analisado.
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