ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS HOSPITALIZAÇÕES RELACIONADAS AO ESTRABISMO INFANTIL NO BRASIL, NO PERÍODO DE 2013 A 2023
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i1.12994Palavras-chave:
Estrabismo infantil. Hospitalização. Cirurgia oftalmológica. Brasil.Resumo
RESUMO: Introdução: Estrabismo é a perda do paralelismo ocular, com o desalinhamento dos eixos visuais. No contexto brasileiro, a estimativa da prevalência do estrabismo na população pediátrica assume importância significativa para a saúde ocular infantil. Estudos epidemiológicos têm se dedicado a quantificar essa condição, considerando variáveis como idade, gênero e características étnicas. As pesquisas indicam que a prevalência do estrabismo entre crianças no Brasil é de 2 a 3% e pode variar regionalmente, destacando a necessidade de abordagens específicas em diferentes áreas geográficas. Além disso, fatores socioeconômicos e de acesso à saúde desempenham um papel crucial na detecção e tratamento adequados do estrabismo em crianças. Objetivo: Analisar e descrever a epidemiologia dos casos de estrabismo relativos às internações hospitalares ocorridas no período de janeiro de 2013 a julho de 2023, no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional transversal descritivo, cujos dados foram obtidos a partir de informações disponibilizadas pelo banco de dados do Departamento de Informática do SUS. Análise dos resultados e discussão: No Brasil, observou-se o total de 19.203 internações hospitalares relacionadas ao CID H50.9 (estrabismo não especificado), na faixa etária de 0 a 14 anos, entre 2013 e 2023. Na faixa etária de menores de 1 ano a 14 anos, houve predomínio da faixa etária entre 5 a 9 anos, com o total de 8.997 (46,85%). O valor total gasto com as hospitalizações, durante o período em análise, foi de R$ 20.311.861,42, com o valor médio por Autorização de Internação Hospitalar de R$ 1.057,74. Considerações finais: Os achados, alinhados a estudos anteriores e internacionais, destacaram a predominância da exotropia, reforçando a necessidade de intervenções precoces. As análises econômicas apontaram um aumento nos gastos médicos, especialmente em procedimentos cirúrgicos, sugerindo a demanda por estratégias de gestão eficazes.
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