ANESTESIA REGIONAL VERSUS GERAL PARA CIRURGIAS ORTOPÉDICAS DE MEMBROS INFERIORES

Resumo

A escolha entre anestesia regional e geral para cirurgias ortopédicas nos membros inferiores é uma decisão crucial, com implicações significativas na segurança e nos resultados pós-operatórios. Essas duas abordagens anestésicas apresentam vantagens e desvantagens distintas, impactando não apenas a eficácia da analgesia intraoperatória, mas também o tempo de recuperação e a satisfação do paciente. A literatura médica tem sido palco de um debate contínuo sobre qual abordagem é mais benéfica em diferentes contextos clínicos. Portanto, uma revisão sistemática da literatura é essencial para consolidar evidências e proporcionar uma visão abrangente dessa dicotomia anestésica. Objetivo: Analisar e sintetizar as evidências disponíveis na literatura científica sobre a escolha entre anestesia regional e geral para cirurgias ortopédicas nos membros inferiores. Pretende-se investigar as implicações dessas abordagens em termos de eficácia anestésica, segurança do paciente, tempo de recuperação e satisfação do mesmo. Metodologia: A revisão foi conduzida seguindo as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Utilizaram-se as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science para identificar artigos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram "anestesia regional", "anestesia geral", "cirurgia ortopédica", "membros inferiores" e "resultados cirúrgicos". Os critérios de inclusão abrangeram estudos que comparavam diretamente anestesia regional e geral em cirurgias ortopédicas de membros inferiores, enquanto os critérios de exclusão consideraram estudos com metodologias inadequadas, amostras não representativas e ausência de dados relevantes. Resultados: A análise dos artigos selecionados revelou uma variedade de resultados relacionados à escolha entre anestesia regional e geral em cirurgias ortopédicas nos membros inferiores. Dentre os principais tópicos discutidos, destacam-se a eficácia da analgesia intraoperatória, o tempo de recuperação pós-anestesia, complicações perioperatórias e a satisfação do paciente. Diferenças significativas foram observadas em diversos estudos, sugerindo que a escolha da abordagem anestésica deve ser personalizada de acordo com as características do paciente e a natureza da intervenção cirúrgica. Conclusão: Esta revisão sistemática destaca a complexidade na escolha entre anestesia regional e geral para cirurgias ortopédicas nos membros inferiores. Embora ambas as abordagens apresentem vantagens específicas, não existe uma abordagem única que atenda a todos os cenários clínicos. A personalização da escolha anestésica com base nas características individuais do paciente e nas peculiaridades da intervenção cirúrgica é crucial. Novas pesquisas e ensaios clínicos são necessários para proporcionar orientações mais específicas e aprimorar a prática clínica nesse contexto.