A ABORDAGEM ETNOGRÁFICA SOCIO CRÍTICA

Autores

  • Glauco Anderson Arizi Pereira Universidad Autónoma de Asunción
  • Javier Numan Caballero Merlo Instituto de Investigação em Educação-IRE

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i1.12724

Palavras-chave:

Etnografia tradicional. Paradigma. Etnografia crítica. Teoria fundamentada. Interesse. Sujeito da ação. Desigualdade-exclusão. Transformação.

Resumo

O artigo trata sobre a etnografia. Problematiza-se que, de por si, poderia constituir-se numa disciplina descritiva etno-culturalista fundamental. Constituindo se num aporte ao conhecimento dos produtos imateriais de todo e qualquer grupo humano historicamente definido e contextualizado. Mas, como supostos, em todo campo acadêmico, a prática etnográfica não é neutral, a descrição também não; aquela depende da definição ontológica, da definição do objeto-sujeito e alvo da intervenção e da ação passiva ou ativa no processo de construção-apropriação de toda e qualquer forma de conhecimento respeito ao, e com o outro. A forma própria de construir conhecimento denota relações de poder no processo de pesquisa; o processo de pesquisa e de construção de conhecimento e assim político, dependendo das posições no campo e os interesses vinculantes. Como resultados se mostra a distinção clássica entre a orientação emic e etic na relação com o outro alvo necessário da pesquisa (ação/estrutura); mas, em posicionamento e definição respeito à construção de conceitos e categorias a partir dos interesses da própria comunidade implicada, do processo mesmo de pesquisa, a sua avaliação, retroalimentação e reorientação. Fazendo possível visualizar explicitamente o tipo de relações de desigualdades e exclusão de acordo o próprio situamiento dos atores no processo de pesquisa etnográfica, perspectiva, identificação, interesse e orientação da sua prática. Deste jeito, emerge na sua prática a possibilidade do exercício de uma etnografia critica no sentido preciso de desnaturalizar historizando as relações sociais e seus produtos imateriais desde a perspectiva e lugar do sujeito (coletivo) alvo da intervenção, onde o pesquisador profissional e um parceiro jeráquicamente horizontal facilitador subordinado as definições do sujeito caso de estudo. Assim, segundo o paradigma da posição política de inicio do processo de pesquisa, definem se, necessariamente, a finalidade, a metodologia e as técnicas de dito processo. Só baixo um paradigma socio-critico e que a etnografia visa explicitar e superar as condições da desigualdade e exclusão sociais.

Biografia do Autor

Glauco Anderson Arizi Pereira, Universidad Autónoma de Asunción

Doutor em Ciências da Educação pela Universidad Autónoma de Asunción (UAA-Paraguai), Professor da Rede Municipal de Ensino de Dias D´ávila -Ba.

Javier Numan Caballero Merlo, Instituto de Investigação em Educação-IRE

Pós-Doutor pelo Instituto de Investigação em Educação (IRE), Universidade de Barcelona (UB), Docente-Investigador por la Escuela de Posgrado (ESPO), Universidad del Este (UNE). Docente-Investigador por la Universidad Autónoma de Asunción (UAA). Investigador Categorizado (PRONII-CONACYT)

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Publicado

2024-02-15

Como Citar

Pereira, G. A. A., & Merlo, J. N. C. (2024). A ABORDAGEM ETNOGRÁFICA SOCIO CRÍTICA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(1), 780–800. https://doi.org/10.51891/rease.v10i1.12724