A BUSCA DE NOVAS FORMAS DE VIDA NO CORPO TRANSEXUAL: O QUE PODEMOS APRENDER COM FOUCAULT NA ANÁLISE DA EPISTEMOLOGIA ANTIGA?
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i3.11595Palavras-chave:
O Falar Franco. Política da Indiferença. Desigualdade de Gênero.Resumo
A pesquisa visa mostrar as condições da construção histórica de épocas em que as formas de viver e quem tinha direitos de exercer a fala franca eram sujeitos que detinham o poder. Mesmo em épocas em que não havia termos como a transexualidade, sua interdição sempre existiu de formas múltiplas ao longo do espaço e do tempo no Ocidente. Identifica e analisa as contradições em relação à temática de gênero, e remonta a Michel Foucault, que deixa seu legado para a continuação de lutas e resistências nos dias atuais. Assim, se percebe o contexto de proteção em que o direito de viver está na interdição de um discurso histórico que avançou com o passar do tempo, mas que exige maior dispêndio e atenção em países socioeconomicamente vulneráveis como o Brasil, líder mundial de mortes de pessoas trans, sendo ao mesmo tempo o país que mais consome pornografia transgênera no mundo. Todavia, a dimensão das formas de indiferença do status social e econômico sempre esteve no ápice de corpos que possuem o direito à fala dos interditados, e o que vivemos hoje não é algo novo, e sim a manutenção de formas de poder em diferentes espaços, formas e técnicas de força de quem manda e de quem obedece, de forças em que cabe ao corpo desprotegido em direitos sempre resistir, dia após dia. Pode-se mencionar que, em aspectos de i(des)gualdade de oportunidades do sujeito, no modo de vida e do poder do Estado nos equiparamos aos antigos, de modo que há milhares de anos, havia inclusive maior liberdade na vida dos sujeitos.
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