USO DE FITOTERÁPICOS E PLANTAS MEDICINAIS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO NO INTERIOR DE MINAS GERAIS: VISÃO DO PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i9.11551Palavras-chave:
Plantas Medicinais. Medicamentos Fitoterápicos. Pessoal de Saúde.Resumo
Introdução: Denomina-se fitoterapia o tratamento realizado a partir de plantas medicinais ou fitoterápicos. É caracterizada pelo uso de plantas medicinais e suas diferentes formas farmacêuticas com o intuito de retomar o equilíbrio do corpo sem a utilização de princípios ativos isolados. No Brasil, são raros os estudos que avaliam a utilização das plantas como remédios e sua inserção na cultura popular. Objetivos: Avaliar os conhecimentos e práticas relacionadas à prescrição e/ou de uso de plantas medicinais e fitoterápicos pelos profissionais de saúde em unidades básicas de saúde (UBS) de um município no interior de Minas Gerais. Métodos: Estudo quantitativo e de corte transversal, desenvolvido em 10 Unidades Básicas de Saúde do município de Ubá, Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada nas UBS, a partir de um questionário semiestruturado, em horários pré-estabelecidos, juntamente com um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O levantamento foi realizado no período de novembro de 2020 a janeiro de 2021. Resultados: A população estudada foi de 64 profissionais de saúde, em 10 Unidades Básicas de Saúde no município de Ubá, Minas Gerais. Participaram da pesquisa 48 (75%) pessoas do sexo feminino e 16 (25%) do sexo masculino. Em relação à idade, a média foi de 41,61 anos. Quanto à formação profissional, 7 (10,9%) eram médicos, 9 (14,1%) enfermeiros, 13 (20,3%) técnicos de enfermagem, 1 (1,6%) nutricionista, 1 (1,6%) psicólogo e 33 (51,6%) tinham outra formação. Ao serem questionados sobre a diferença entre fitoterápicos e plantas medicinais, 33 (51,6%) não sabiam a diferença entre eles, enquanto 31 (48,4%) sabiam. Quanto ao nível de conhecimento sobre fitoterápicos e plantas medicinais, 46 (71,9%) consideravam seu conhecimento pouco, 13 (20,3%) intermediário e 5 (7,8%) nulo. Nas UBS que fazem a prescrição, os fitoterápicos e plantas medicinais mais utilizados eram: Valeriana officinalis e Passiflora incarnata e as doenças para as quais eram empregadas são ansiedade e depressão. Conclusões: Embora seja de cultura nacional e milenar, os benefícios provenientes das plantas medicinais e os baixos custos dos fitoterápicos são ainda pouco utilizados na resolução de moléstias da saúde. Ao analisar a atuação dos profissionais da saúde nesse aspecto, existe uma grande defasagem de conhecimento dos mesmos, o que, em parte, justifica a falta de orientação aos pacientes.
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