AVALIAÇÃO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM CRIANÇAS FILHAS DE MÃES COM INFECÇÕES GESTACIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i9.11547Palavras-chave:
Transtorno do espectro Autista. Infecções gestacionais. Saúde materna. Desenvolvimento infantil e fatores de risco.Resumo
O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição complexa e heterogênea que afeta o desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e comportamentais. Sabe-se que diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento do TEA, incluindo predisposição genética, ambiente e interações complexas entre ambos. Uma área de crescente interesse na pesquisa em TEA envolve as potenciais influências da saúde materna durante a gestação, incluindo infecções gestacionais. Infecções durante a gravidez têm sido objeto de investigação devido à possível relação entre a resposta imunológica materna e o risco de desenvolvimento do TEA nas crianças. Esta revisão sistemática de literatura tem como objetivo examinar e sintetizar as evidências disponíveis sobre a avaliação do transtorno do espectro autista em crianças filhas de mães que experimentaram infecções gestacionais. Objetivo: investigar e analisar os estudos publicados nos últimos 10 anos que abordam a avaliação do transtorno do espectro autista em crianças cujas mães foram afetadas por infecções durante a gravidez. Metodologia: Para realizar esta revisão sistemática, foram utilizadas quatro importantes bases de dados: PubMed, Scielo e Web of Science. Os descritores utilizados na busca incluíram "transtorno do espectro autista", "infecções gestacionais", "saúde materna", "desenvolvimento infantil" e "fatores de risco". Sobre os Critérios de Inclusão: foram considerados para inclusão na revisão estudos que fossem publicados nos últimos 10 anos, que abordassem a relação entre infecções gestacionais e o risco de desenvolvimento do TEA em crianças e estudos com amostras representativas e metodologias robustas também foram incluídos. Os Critérios de Exclusão: Foram excluídos estudos que não estavam disponíveis em texto completo, não abordavam diretamente a relação entre infecções gestacionais e TEA, ou apresentavam resultados não confiáveis e estudos em idiomas diferentes do inglês, português e espanhol também foram excluídos. Resultados: Foram selecionados 15 artigos. Os resultados destacaram que a presença de infecções maternas durante a gestação pode estar associada a um aumento no risco de desenvolvimento do TEA em seus filhos. No entanto, a magnitude e a natureza dessa associação variaram entre os estudos, indicando a complexidade do fenômeno. Além disso, vários fatores de confusão e moduladores da relação foram identificados, como o momento da infecção, a gravidade e o tratamento. As evidências também sugerem que a resposta imunológica materna desempenha um papel importante nessa relação, mas ainda existem lacunas no entendimento das vias e mecanismos envolvidos. Conclusão: esta revisão sistemática de literatura ressalta a importância de considerar as infecções gestacionais como um fator de risco potencial para o desenvolvimento do transtorno do espectro autista em crianças. Embora os estudos revisados tenham fornecido insights significativos, a complexidade e as variações nos resultados destacam a necessidade de uma investigação mais aprofundada. Portanto, futuras pesquisas devem se concentrar na compreensão dos mecanismos subjacentes, a fim de desenvolver estratégias preventivas e intervenções direcionadas, que possam contribuir para a redução do risco de TEA em crianças nascidas de mães com infecções gestacionais.
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