CUIDADOS DA ANESTESIA LOCAL EM PACIENTES COM PÊNFIGO BOLHOSO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i9.11217Palavras-chave:
Penfigoide Bolhoso. Anestesia local. Cuidados perioperatórios. Complicações cirúrgicas. e Tratamento de bolhas.Resumo
O penfigóide bolhoso é uma doença autoimune rara caracterizada pela formação de bolhas na pele e membranas mucosas devido à produção de auto anticorpos contra proteínas da junção dermoepidérmica. O tratamento geralmente inclui o uso de corticosteroides sistêmicos e imunossupressores, mas também é comum a necessidade de procedimentos cirúrgicos, como drenagem de bolhas e desbridamento. Objetivo: avaliar e sintetizar as evidências disponíveis sobre os cuidados da anestesia local em pacientes com penfigoide bolhoso. Metodologia: esta revisão foi conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando os seguintes descritores: "penfigoide bolhoso", "anestesia local", "cuidados perioperatórios", "complicações cirúrgicas" e "tratamento de bolhas". Os critérios de inclusão consideraram estudos publicados nos últimos 10 anos, abrangendo artigos originais, revisões sistemáticas e estudos de caso relacionados aos cuidados da anestesia local em pacientes com penfigoide bolhoso. Três critérios de inclusão relevantes foram: estudos que abordaram a anestesia local em pacientes com penfigoide bolhoso, estudos que relataram complicações perioperatórias e estudos que discutiram estratégias para minimizar os riscos cirúrgicos em pacientes com a doença. Por outro lado, três critérios de exclusão foram aplicados: estudos com foco exclusivo em outras condições dermatológicas, estudos com dados insuficientes sobre o tema e estudos não disponíveis em língua inglesa ou portuguesa. Resultados: Foram selecionados 15 artigos. Os resultados indicaram que o uso de anestesia local em pacientes com essa condição requer atenção especial à fragilidade da pele e à possibilidade de formação de novas bolhas. Recomenda-se o uso de agulhas finas para minimizar o trauma cutâneo durante a administração da anestesia local. Além disso, estratégias para evitar a manipulação excessiva da pele, como a utilização de pinças delicadas e suturas cuidadosas, são cruciais para prevenir complicações cirúrgicas. Conclusão: A revisão sistemática de literatura evidenciou a necessidade de técnicas delicadas e estratégias cirúrgicas cuidadosas para evitar traumas cutâneos excessivos. Além disso, a comunicação eficaz com o paciente desempenha um papel fundamental na gestão bem-sucedida da anestesia local. Essas descobertas fornecem orientações valiosas para os profissionais de saúde que cuidam de pacientes com penfigoide bolhoso submetidos a procedimentos cirúrgicos, contribuindo para uma abordagem mais segura e eficaz no manejo dessa condição complexa.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY