PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE HUMANA E SUA ASSOCIAÇÃO COM OS INDICES PLUVIOMÉTRICOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR-BAHIA: 2013 A 2022
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.11012Palavras-chave:
Leptospirose, perfil epidemiológico, índice pluviométrico.Resumo
A leptospirose, uma zoonose de importância mundial, é uma doença infecciosa febril aguda grave com alta letalidade, causada pela bactéria do gênero Leptospira. Sua transmissão possui maior relevância durante períodos chuvosos e em locais com precariedade no saneamento básico, tornando relevante o entendimento da dinâmica da doença para estabelecimento de medidas efetivas de controle. O objetivo deste trabalho é descrever o perfil epidemiológico da leptospirose na Região Metropolitana de Salvador (RMS) - Bahia e os índices pluviométricos da capital, no período de 2013 a 2022. Trata-se de estudo transversal, descritivo e de natureza quantitativa que abordou a caracterização epidemiológica e fatores associados aos casos de leptospirose na RMS, através de dados secundários obtidos do Sistema de Informações de Agravos e Notificação (SINAN) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA). No período de 2013 a 2022, foram registrados 675 casos de leptospirose humana na RMS, sendo 651 (96,44%) apenas em Salvador. A maioria dos casos acometeram pessoas pardas (57,33%) e indivíduos do sexo masculino (86,23%). A escolaridade de maior registro foi ensino fundamental incompleto (32,29%). Em relação à faixa etária, as notificações foram mais frequentes nas faixas de 20 a 39 anos (40,60%) e de 40 a 59 anos (34,37%). Em Salvador, os maiores números de registros de leptospirose ocorreram nos meses de maior pluviosidade, sendo maio o mês de maior registro de casos e de chuvas. A análise dos dados indica que o perfil epidemiológico da leptospirose na RMS se caracteriza pelo maior acometimento de pessoas pardas, do sexo masculino, entre 20 e 39 anos, com ensino fundamental incompleto e residentes na região urbana. Na cidade de Salvador é possível inferir uma sazonalidade da doença durante o outono e inverno, onde se concentraram os meses mais chuvosos durante o período estudado.
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