INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A COBERTURA VACINAL ANTIRRÁBICA HUMANA, CONHECIMENTO SOBRE A RAIVA E FATORES DE RISCO DE AQUISIÇÃO DO VÍRUS RÁBICO (LYSSAVIRUS, RHABDOVIRIDAE) ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE: MÉDICOS-VETERINÁRIOS, BIÓLOGOS E ZOOTECNISTAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.10997Palavras-chave:
Vírus da raiva, vacina antirrábica, inquérito epidemiológico.Resumo
A raiva é uma doença viral zoonótica que pode acometer diversos hospedeiros. A patologia afeta o sistema nervoso central com cerca de 100% de letalidade. A transmissão ocorre por mordeduras, lambeduras de mucosas ou contato com secreções do infectado. A vacina antirrábica de cães e gatos e a castração são medidas de controle da doença. A raiva não tem cura, sendo a vacinação a única forma de prevenção. A profilaxia pré-exposição, consiste em imunizar preventivamente, sendo altamente recomendada para profissionais com maior risco de exposição. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, no período de 2010 a 2023, foram registrados 47 casos de raiva humana. Em áreas urbanas no Brasil, os caninos e felinos são potenciais fontes de infecção, evidenciando a importância de manter em dia a vacinação antirrábica animal. Neste contexto, o presente estudo tem por objetivo estimar a cobertura vacinal humana entre médicos-veterinários, biólogos e zootecnistas, categoria profissional mais suscetível à doença, avaliar seu conhecimento sobre a patologia e analisar alguns fatores de risco de aquisição da infecção durante suas atividades ocupacionais. Para tal, foi aplicado um questionário online, obtendo a participação de 206 profissionais. Os resultados mostraram que 23,3% não receberam o esquema vacinal antirrábico. Entre os vacinados, 62,7% vacinaram há mais de três anos e 62,1% não realizaram a monitoração dos títulos de anticorpos protetores. Identificou-se algumas lacunas de conhecimento sobre mecanismo de transmissão da doença e algumas situações de risco de exposição ao agravo, como acidente com animal com suspeita de raiva (22,8%) ou ao manipular um animal, vivo ou morto, com sintomatologia neurológica (21,8%). A pesquisa destaca a necessidade de proporcionar a conscientização dos profissionais sobre importância do cumprimento dos protocolos de vacinação e monitoração da imunização que proporcionam a segurança do profissional evitando infecções rábicas, bem como ampliar a discussão sobre a doença.
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