SUICÍDIO E SURDEZ: A SAÚDE MENTAL NÃO ACESSÍVEL
https://doi.org/10.29327/211653.6.6-1
Palavras-chave:
Surdez. Saúde mental. Acessibilidade. Suicídio.Resumo
Estudos norte-americanos descobriram que, se comparados a indivíduos ouvintes, surdos têm maiores taxas de transtorno psiquiátrico, ao mesmo tempo, em que enfrentam dificuldades para acessar serviços de saúde mental. Esses fatores, obviamente, podem aumentar o risco de suicídio. No Brasil, no entanto, o peso do comportamento suicida em surdos é desconhecido até o momento. Posto isso, o objetivo deste estudo é fornecer dados quantitativos que levem à reflexão e, consequentemente, à indução de novas pesquisas sobre o comportamento e sobre o pensamento suicida entre pessoas surdas. Para tanto, buscou-se averiguar a incidência e prevalência do comportamento suicida, bem como supostos fatores de risco. Como instrumento auxiliar na coleta das informações desejadas foi utilizado um questionário anônimo, online, composto por sete questões, direcionado a pessoas surdas. Através das informações obtidas junto aos entrevistados, conclui-se que o pensamento suicida tem afetado a maioria dos surdos entrevistados, resultados assustadores que necessitam ser compartilhados e que instigam o desejo por dados ainda mais detalhados. Não é novidade que o SUS (Sistema único de saúde) é inacessível para surdos, sendo este um dos agentes do bloqueio à saúde mental pública acessível a esse grupo, todavia, somados a este fator, tem-se a escassez de profissionais que dominem a Língua Brasileira de Sinais e a ausência de TILS (Tradutores intérpretes de línguas de sinais), o que agrava a falta de assistência a esse público. Esses e outros dados concretos e relevantes são apresentados e discutidos neste trabalho no intuito de provocar um (re) pensar sobre a (ex) inclusão dos surdos no atendimento público de saúde.
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