A RELAÇÃO ENTRE INFLAMAÇÃO CRÔNICA E DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i7.10785Palavras-chave:
Inflamação crônica. Neurodegeneração. Barreira Hematoencefálica.Resumo
As doenças neurodegenerativas representam um desafio crescente para a saúde pública devido ao seu impacto devastador na qualidade de vida e na funcionalidade neurológica dos indivíduos afetados. A inflamação crônica emergiu como um fator potencialmente contribuinte para a patogênese dessas enfermidades debilitantes, oferecendo um campo de estudo crucial para a compreensão dos mecanismos subjacentes ao seu desenvolvimento. Neste contexto, este estudo investigou de forma abrangente a relação entre inflamação crônica e doenças neurodegenerativas, explorando os efeitos da inflamação persistente no perfil neuropatológico, na expressão gênica, na homeostase oxidativa e na integridade da barreira hematoencefálica.Através de abordagens experimentais detalhadas, demonstrou-se que a inflamação crônica está associada a modificações significativas no perfil neuropatológico. A deposição aumentada de proteínas agregadas, como beta-amiloide e alfa-sinucleína, sugere uma relação direta entre a resposta inflamatória e a formação de agregados patológicos, característicos das doenças neurodegenerativas. Além disso, a perda neuronal e a ativação de células gliais destacam o impacto da inflamação crônica na arquitetura neural e na homeostase tecidual.No nível molecular, observou-se uma resposta inflamatória coordenada, evidenciada pelo aumento na expressão de citocinas pró-inflamatórias e moléculas de adesão vascular. Essas modificações indicam uma interação dinâmica entre os sistemas imunológico e nervoso, potencialmente amplificando a resposta inflamatória no ambiente cerebral. Além disso, a análise da atividade de enzimas antioxidantes e do estresse oxidativo revelou uma relação complexa entre inflamação e desequilíbrio redox, contribuindo para a deterioração neuronal e para a progressão das doenças neurodegenerativas.Um aspecto importante discutido neste estudo é a desregulação da barreira hematoencefálica induzida pela inflamação crônica. Essa desregulação resulta na entrada de citocinas pró-inflamatórias no sistema nervoso central, promovendo uma comunicação bidirecional entre o sistema imunológico periférico e o ambiente cerebral. Essa interação pode desempenhar um papel crucial na amplificação da resposta inflamatória e na disseminação da neuroinflamação.Em conclusão, os resultados deste estudo fornecem uma compreensão mais profunda da relação entre inflamação crônica e desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. A interconexão entre inflamação, perfil neuropatológico, expressão gênica, estresse oxidativo e barreira hematoencefálica delineia um cenário complexo de interações que contribuem para a patogênese dessas enfermidades debilitantes. Essas descobertas lançam luz sobre possíveis alvos terapêuticos para mitigar os efeitos deletérios da inflamação crônica nas doenças neurodegenerativas, promovendo avanços na busca por estratégias terapêuticas eficazes.
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