CRITÉRIOS DE RESSECABILIDADE PANCREÁTICA PARA O TRATAMENTO DE CÂNCER: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

Introdução: O câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade pelo seu comportamento agressivo e sintomas inespecíficos, levando ao diagnóstico tardio da doença. O adenocarcinoma é o tipo mais comum e de pior prognóstico, responsável por mais de 90% dos casos. Tendo em  vista a cirurgia representar oportunidade para a cura da doença, justifica-se a importância de  estudos sobre critérios de ressecabilidade deste tipo de tumor maligno. Objetivo: Investigar o  acervo científico atual relacionado aos critérios de ressecabilidade pancreática para o  tratamento do câncer de pâncreas. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura,  realizada em junho de 2023, na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os  seguintes Descritores em Ciências da Saúde: “Ressecção Cirúrgica” e “Câncer de Pâncreas”  com o operador booleano AND e os filtros “texto completo”, idiomas “português” e “inglês”,  no recorte temporal de 2018-2022. Resultados: Dos 49 artigos encontrados inicialmente, foram  excluídas publicações por indisponibilidade na íntegra, duplicação ou fuga temática, sendo o  corpus final de 12 artigos. As evidências referem que nas neoplasias malignas pancreáticas, cujo tratamento é essencialmente cirúrgico, a pancreatectomia é a única forma de tratamento  com potencial curativo para o adenocarcinoma pancreático. A ressecção das margens e o status  dos linfonodos são preditores importantes de sobrevida. Contudo, a anatomia pancreática e a  falta de familiaridade com o local tornam a sua ressecção desafiadora. Considerações finais: Percebe-se que o câncer de pâncreas é de difícil detecção e prognóstico sombrio e são muitos  os desafios envolvendo o tratamento, seja pelo estado avançado da doença ou por dificuldades  de precisão na ressecção cirúrgica, evidenciando a necessidade de mais estudos frente à  agressividade da doença e as medidas terapêuticas cirúrgicas serem fundamentais para  aumentar as chances de sobrevida dos pacientes.