PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MPOX NO ESTADO DA BAHIA – BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i1.10542Palavras-chave:
Mpox, perfil epidemiológico, saúde pública, Bahia.Resumo
O vírus da Mpox (anteriormente chamada monkeypox), pertence ao gênero orthopoxvirus, é o responsável pelo surto da doença de mesmo nome, que em 2022, adquiriu abrangência mundial. A enfermidade, que era historicamente considerada endêmica na África Central, após modificações no seu perfil epidemiológico e expansão para além das fronteiras africanas, fez com que em julho a Organização Mundial de Saúde a decretasse como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, com notificação em todo mundo, incluindo no Brasil. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi traçar um perfil epidemiológico dos casos de Mpox no estado da Bahia, estabelecendo um parâmetro comparativo com dados do Brasil e do comportamento epidemiológico da infecção observado no mundo. Para tanto, foi realizado um estudo epidemiológico descritivo, documental e transversal, desenvolvido a partir da investigação, coleta e análise de dados sobre notificação de casos de Mpox disponibilizados pelo sistema de informação de agravos e notificações (SINAN), do Ministério da Saúde. Observou-se que no estado da Bahia a doença acometeu principalmente indivíduos identificados pelo sexo masculino, residindo na capital Salvador, com idade entre 18 a 39 anos, pardos e com nível superior completo. Ainda nesse cenário, houve um total de 2648 notificações da doença, dos quais 139 se constituíram como casos confirmados, sem que houvesse, até o momento, registros de óbitos. Em relação a distribuição de casos notificados de Mpox por semana epidemiológica (SE) de início de sintomas, na SE 32 ocorreu uma maior incidência, com 203 casos, seguida pela SE 31 com 181. A caracterização do perfil epidemiológico da Mpox na Bahia e a comparação com dados do Brasil e mundo permite o entendimento da dinâmica da doença e dos acometidos por ela no estado, subsidiando a elaboração de medidas de controle e profilaxia efetivas e que contemplem o contexto epidemiológico da região.
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