AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA EM IDOSOS COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i6.10466Palavras-chave:
Cirurgia de revascularização miocárdica. Doença arterial coronariana. Idosos. Circulação extracorpórea. e Desfechos clínicos.Resumo
A cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) tem como objetivo restabelecer a irrigação do músculo cardíaco em pacientes com obstrução das artérias coronárias (DAC). A CRM pode ser feita com o uso ou não de uma máquina que substitui o coração e os pulmões (CEC), sendo que a primeira opção é chamada de CRM sem CEC ou off-pump (OPCABG) e a segunda de CRM com CEC ou on-pump (ONCABG). A decisão sobre qual técnica usar depende de vários fatores, como o grau da DAC, a forma e o tamanho das artérias coronárias, o estado clínico do paciente e a habilidade do cirurgião. A CRM é recomendada para pacientes com DAC que afeta dois ou mais vasos ou que compromete a artéria descendente anterior na sua parte inicial, principalmente se houver comprometimento da função do ventrículo esquerdo ou isquemia grave. A CRM também pode ser mais vantajosa do que a abertura das artérias coronárias com um cateter (ICP) em pacientes com diabetes mellitus, doença dos rins ou doença dos vasos das pernas.O objetivo desta revisão é avaliar a eficácia da CRM em idosos (mais de 65 anos) com DAC, comparando as duas técnicas (OPCABG e ONCABG) em relação à mortalidade e morbidade. Para isso, foram selecionados ensaios clínicos randomizados que compararam as duas técnicas em pacientes idosos com DAC, excluindo aqueles com alto risco ou com seguimento longitudinal prolongado. Os desfechos avaliados foram mortalidade intra-hospitalar, mortalidade em 30 dias, mortalidade em 1 ano, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal aguda (IRA), fibrilação atrial (FA), sangramento, transfusão sanguínea, tempo de internação na UTI e no hospital e qualidade de vida.Os resultados dos estudos selecionados mostraram que não houve diferença significativa entre as duas técnicas em relação à mortalidade intra-hospitalar, mortalidade em 30 dias, mortalidade em 1 ano, IAM, AVC e IRA. No entanto, a técnica OPCABG apresentou vantagens em relação à ONCABG quanto à menor incidência de FA, menor sangramento, menor necessidade de transfusão sanguínea, menor tempo de internação na UTI e no hospital e melhor qualidade de vida. Além disso, a técnica OPCABG foi associada a menor custo hospitalar e menor uso de recursos.Conclui-se que a CRM é um procedimento eficaz e seguro para o tratamento da DAC em pacientes idosos, sendo que a técnica OPCABG pode oferecer benefícios adicionais em relação à ONCABG quanto à redução de complicações pós-operatórias e melhora da recuperação funcional. No entanto, são necessários mais estudos com maior número de pacientes e seguimento longitudinal mais longo para confirmar esses achados e avaliar os desfechos clínicos a longo prazo.
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