ANÁLISE DOS CASOS DE LAMINITE NO HORSEVET - HOSPITAL DE EQUINOS EM ARAXÁ E REGIÃO DE MINAS GERAIS: UMA PERSPECTIVA QUANTITATIVA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.21934Palavras-chave:
Pododermatite asséptica difusa. Epidemiologia. Tratamento.Resumo
A laminite equina, uma afecção podal inflamatória e debilitante, representa um desafio significativo para a medicina veterinária devido à sua alta prevalência e impacto econômico. No Brasil, onde Minas Gerais se destaca com o maior rebanho equino, compreender seu perfil epidemiológico é essencial. Este estudo teve como objetivo geral analisar quantitativamente os casos de laminite em equinos atendidos no HorseVet – Hospital de Equinos em Araxá-MG, no período de janeiro de 2023 a abril de 2024. Tratou-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e retrospectiva, com análise de prontuários médicos de 10 equinos que preencheram os critérios de inclusão. Os resultados revelaram uma distribuição de 60% machos e 40% fêmeas. A principal causa foi a ingestão excessiva de grãos (30%), seguida por retenção de placenta, acidente ofídico e rabdomiólise (20% cada) e pós-cirúrgico de cólica (10%). A abordagem terapêutica multimodal, que incluiu manejo ortopédico (bota de gesso em 100% dos casos) e associação farmacológica (anti-inflamatórios, antibióticos, dimetilsulfóxido (DMSO) e pentoxifilina em mais de 80% dos casos), resultou em uma taxa de cura de 80%, mesmo com a alta prevalência de complicações graves como rotação (80%) e afundamento (60%) da terceira falange. Conclui-se que a laminite na região apresenta etiologia multifatorial, com forte componente nutricional e sistêmico. O protocolo de tratamento adotado mostrou-se eficaz, e os achados reforçam a necessidade de medidas preventivas direcionadas, como o manejo nutricional rigoroso e o monitoramento de doenças predisponentes, para reduzir a incidência e os prejuízos associados à enfermidade.
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