IMPACTOS DO CIGARRO ELETRÔNICO SOBRE A SAÚDE DE ADOLESCENTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.21892Palavras-chave:
Adolescentes. Cigarro Eletrônico. Impacto. Saúde do Adolescente. Tabaco.Resumo
INTRODUÇÃO: O tabagismo é reconhecido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) como uma epidemia mundial, responsável por mais de oito milhões de mortes anuais, incluindo fumantes passivos. Nesse contexto, surgem os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), também chamados de cigarros eletrônicos, vapes ou pods. Esses aparelhos, alimentados por baterias de lítio, vaporizam um líquido que contém nicotina, solventes e substâncias químicas como glicerol, propileno glicol, corantes e aromatizantes, alguns de caráter carcinogênico. Criado em 2003, na China, o cigarro eletrônico foi inicialmente proposto como alternativa ao cigarro convencional, mas estudos recentes revelam que ele causa diversos danos à saúde, afetando pulmões, coração, sistema imunológico e psicológico. Entre os jovens, o uso é influenciado por fatores familiares e sociais, sendo a adolescência um período de maior vulnerabilidade ao consumo e à experimentação. OBJETIVOS: Objetivo geral: Investigar os impactos do cigarro eletrônico sobre a saúde dos adolescentes. Objetivos específicos: Conhecer os fatores sociais e culturais que influenciam o uso do cigarro eletrônico entre os adolescentes e Compreender como o cigarro eletrônico interfere na saúde dos adolescentes. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: A pesquisa foi conduzida como uma revisão integrativa da literatura, utilizando as etapas propostas por Souza e Carvalho (2010). Foram consultadas as bases SciELO, PubMed e BVS, com critérios de inclusão que consideraram artigos completos, publicados em português, inglês e espanhol, e critérios de exclusão que eliminaram duplicações e estudos fora dos objetivos. Dos 424 artigos inicialmente identificados, apenas seis atenderam aos critérios de inclusão. Essa análise possibilitou a reunião de diferentes perspectivas sobre o impacto do cigarro eletrônico entre adolescentes e seus malefícios à saúde. RESULTADOS: Foram selecionados seis artigos que abordaram, de forma relevante, o uso e os riscos dos cigarros eletrônicos. Os estudos indicaram que os jovens associam o dispositivo à modernidade e ao lazer, subestimando seus perigos. A pesquisa nacional revelou que 22,6% dos estudantes entre 13 e 17 anos já experimentaram cigarro, e 16,8% já utilizaram cigarros eletrônicos, muitas vezes influenciados por familiares fumantes. DISCUSSÃO: Os autores analisados apontam que o uso dos cigarros eletrônicos é impulsionado por fatores culturais e sociais, além da influência digital. A publicidade nas redes sociais e a atuação de influenciadores reforçam uma imagem positiva e banalizada do produto. Estudos também mostram maior adesão entre adolescentes do sexo masculino e evidenciam que o uso precoce pode levar ao consumo do cigarro convencional. Os efeitos negativos incluem dependência de nicotina, intoxicações, queimaduras por explosões de baterias e doenças graves como a EVALI, caracterizada por inflamação pulmonar aguda. CONCLUSÃO: Constata-se que ainda há escassez de estudos sobre o tema e que o uso de cigarros eletrônicos permanece crescente, mesmo com a proibição da Anvisa. A falsa percepção de segurança tem estimulado o consumo ilegal e ampliado os riscos à saúde dos adolescentes. Torna-se urgente intensificar as políticas públicas de vigilância e educação, principalmente nas escolas, para promover a conscientização sobre os danos causados pelos DEFs e prevenir o surgimento de uma nova geração dependente de nicotina.
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