MANEJO CLÍNICO DA CARDIOTOXICIDADE INDUZIDA POR INIBIDORES DE PONTOS DE VERIFICAÇÃO IMUNOLÓGICO EM PACIENTES COM CÂNCER
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15121Palavras-chave:
Cardiotoxicidade. Inibidores de pontos de verificação imunológico. Câncer miocardite e tratamento.Resumo
A cardiotoxicidade induzida por inibidores de pontos de verificação imunológicos (ICI) representa um desafio emergente no manejo de pacientes com câncer. Esses agentes, que incluem inibidores de CTLA-4, PD-1 e PD-L1, revolucionaram o tratamento oncológico ao potencializar a resposta imunológica contra células tumorais. Contudo, esses tratamentos podem desencadear efeitos adversos cardiovasculares graves, como miocardite, insuficiência cardíaca e arritmias. O reconhecimento precoce e o manejo eficaz desses eventos adversos são cruciais para maximizar os benefícios terapêuticos e minimizar os riscos aos pacientes. Objetivo: esta revisão sistemática de literatura foi avaliar as estratégias de manejo clínico da cardiotoxicidade induzida por ICIs em pacientes com câncer, explorando intervenções preventivas, diagnósticos precoces e abordagens terapêuticas. Metodologia: baseou-se no checklist PRISMA, com buscas realizadas nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando os descritores "cardiotoxicidade", "inibidores de pontos de verificação imunológico", "câncer", "miocardite" e "tratamento". Foram incluídos estudos publicados nos últimos 10 anos, escritos em inglês, português ou espanhol, e que abordassem especificamente a cardiotoxicidade induzida por ICIs. Critérios de inclusão contemplaram estudos com dados clínicos detalhados, análises de manejo e acompanhamento de pacientes. Critérios de exclusão envolveram revisões sem dados clínicos originais, artigos de opinião e estudos focados em outras formas de toxicidade que não a cardíaca. Resultados: indicaram que a miocardite era a manifestação mais frequentemente relatada, muitas vezes associada a um início abrupto e potencialmente letal. A monitorização cardiovascular contínua, incluindo biomarcadores e imagem cardíaca, mostrou-se essencial para o diagnóstico precoce. Abordagens terapêuticas incluíram a interrupção dos ICIs e o uso de imunossupressores, como corticosteroides, para controlar as reações adversas. Conclusão: a cardiotoxicidade induzida por ICIs é uma complicação significativa no tratamento do câncer, exigindo estratégias de monitoramento e intervenção precoce para melhorar os resultados clínicos. A colaboração multidisciplinar é vital para o manejo eficaz e para garantir a segurança e a eficácia do tratamento oncológico.
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