ABORDAGENS TERAPÊUTICAS PARA O CONTROLE DA DIABETES TIPO 2: UMA ANÁLISE COMPARATIVA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14765Palavras-chave:
Diabetes tipo 2. Tratamento. Controle glicêmico.Resumo
A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica prevalente caracterizada por hiperglicemia persistente devido à resistência à insulina e/ou disfunção das células beta pancreáticas. Este estudo objetiva realizar uma análise comparativa das abordagens terapêuticas atuais para o controle da DM2, abrangendo tratamentos farmacológicos, não farmacológicos e terapias emergentes. Foi conduzida uma revisão integrativa da literatura utilizando bases de dados como PubMed, Cochrane Library, Embase, CINAHL e Scopus, abrangendo publicações dos últimos dez anos. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos observacionais, revisões sistemáticas e meta-análises que avaliaram a eficácia e segurança das diversas terapias para DM2 em pacientes adultos. Os resultados indicam que a metformina continua sendo a primeira linha de tratamento devido à sua eficácia na redução da HbA1c e perfil de segurança favorável. As sulfonilureias, embora eficazes, são limitadas pelo risco de hipoglicemia e ganho de peso. Inibidores da DPP-4 e agonistas do receptor de GLP-1 oferecem vantagens adicionais, como perda de peso e benefícios cardiovasculares, mas podem ser limitados por custos mais elevados. Inibidores do SGLT2 mostraram benefícios duplos de controle glicêmico e redução de eventos cardiovasculares e renais. A insulina é essencial para casos avançados, mas requer monitoramento rigoroso para evitar hipoglicemia. Abordagens não farmacológicas, como modificações no estilo de vida e cirurgia bariátrica, demonstraram eficácia significativa no controle glicêmico e remissão da DM2 em alguns casos. Terapias emergentes, como transplantes de células beta e monitoramento contínuo da glicose (CGM), mostram-se promissoras, embora mais pesquisas sejam necessárias. A análise comparativa destaca a necessidade de uma abordagem personalizada, integrando intervenções farmacológicas, modificações no estilo de vida e inovações tecnológicas. A educação contínua de profissionais de saúde e pacientes é essencial para a implementação eficaz dessas abordagens. Futuros estudos devem focar em ensaios de longo prazo para avaliar desfechos clínicos e econômicos das novas terapias. Conclui-se que a gestão da DM2 deve ser multifacetada e centrada no paciente, visando otimizar o controle glicêmico, reduzir complicações associadas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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