OS TIPOS DE ESTRABISMO E AS TÉCNICAS CIRÚRGICAS INDICADAS PARA SEU TRATAMENTO

Autores

  • Gabriela Gonzaga Miranda Instituto de olhos Ciências Médicas
  • Carolina Menezes Dutra Instituto de olhos ciências médicas
  • Amanda Campos Franco Instituto de olhos ciências médicas
  • Lucas Miranda de Mello Universidade do Vale do Sapucaí
  • Caroline Miranda Tiso de Melo Universidade presidente Antônio Carlos

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v9i10.11919

Palavras-chave:

Estrabismo. Cirurgia. Técnicas. Resultados. Complicações.

Resumo

O estrabismo é um distúrbio ocular que se caracteriza pelo desalinhamento dos olhos, que não conseguem fixar o mesmo ponto ao mesmo tempo. O estrabismo pode afetar a visão, a autoestima e a qualidade de vida das pessoas que sofrem com esse problema. Existem diferentes tipos de estrabismo, que podem ser classificados de acordo com a direção, a frequência, a causa e a gravidade do desvio ocular. Os principais tipos de estrabismo são: estrabismo convergente, estrabismo divergente, estrabismo vertical, estrabismo paralítico, estrabismo acomodativo, estrabismo intermitente, pseudo estrabismo e estrabismo latente. O tratamento do estrabismo depende do tipo, da causa, da idade e da preferência do paciente. Seu foco é restaurar o alinhamento dos olhos, a visão binocular, a estética e a qualidade de vida. As principais formas de tratamento são: óculos ou lentes de contato, tampão ou colírio, exercícios de fisioterapia ocular e cirurgia. Objetivo: analisar os tipos de estrabismo e as técnicas cirúrgicas indicadas para seu tratamento, bem como os resultados, as complicações e a satisfação dos pacientes submetidos ao procedimento. Metodologia: baseada no checklist PRISMA. Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scielo, Web of Science, utilizando os seguintes descritores: strabismus, surgery, techniques, results, complications. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos, em português, inglês ou espanhol, que abordassem o estrabismo e as técnicas cirúrgicas em seus aspectos clínicos e científicos. Os critérios de inclusão foram: artigos originais, revisões, relatos de caso, séries de casos, que apresentassem dados sobre os tipos de estrabismo, as técnicas cirúrgicas, os resultados, as complicações e a satisfação dos pacientes submetidos à cirurgia. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados, artigos que não abordassem o estrabismo e as técnicas cirúrgicas em seus aspectos clínicos e científicos, artigos que não apresentassem dados suficientes ou confiáveis, artigos que não fossem relevantes para o tema. Resultados: Foram selecionados 16 estudos. As técnicas de recessão consistem em afastar o músculo ocular do limbo escleral, diminuindo a sua força de tração. As técnicas de ressecção consistem em encurtar o músculo ocular, aumentando a sua força de tração. As técnicas podem ser combinadas entre si, ou com outras técnicas, como transposição, ajuste, fenda, entre outras, dependendo do tipo e do grau de estrabismo. A cirurgia pode corrigir o desvio ocular, melhorar a visão binocular, a estereopsia, a acuidade visual, a sensibilidade ao contraste, a percepção de profundidade, a orientação espacial, a coordenação motora, a leitura, a aprendizagem, entre outros aspectos. A cirurgia também pode melhorar a aparência dos olhos, a autoestima, a qualidade de vida e a integração social dos pacientes. A taxa de sucesso da cirurgia varia de acordo com o tipo e o grau de estrabismo, mas pode chegar a 90% em alguns casos. Conclusão: A conclusão desta revisão é que as técnicas cirúrgicas para o tratamento do estrabismo são procedimentos seguros e eficazes, que podem trazer benefícios tanto funcionais quanto estéticos para os pacientes que apresentam desalinhamento dos olhos. A cirurgia pode corrigir o desvio ocular, melhorar a visão binocular, a estética e a qualidade de vida dos pacientes, com baixo índice de complicações e alto grau de satisfação. No entanto, é importante que os pacientes sejam bem orientados sobre as indicações, os riscos, os resultados e as limitações das técnicas cirúrgicas, e que escolham um profissional qualificado e experiente para realizar o procedimento.

Biografia do Autor

Gabriela Gonzaga Miranda, Instituto de olhos Ciências Médicas

Médica IOCM - Instituto de olhos Ciências Médicas.

Carolina Menezes Dutra, Instituto de olhos ciências médicas

Residente (R3) de oftalmologia Instituto de olhos ciências médicas (IOCM). 

Amanda Campos Franco, Instituto de olhos ciências médicas

Residente (R3) de oftalmologia, Instituto de olhos ciências médicas (IOCM).

Lucas Miranda de Mello, Universidade do Vale do Sapucaí

Acadêmico de Medicina UNIVÁS - Universidade do Vale do Sapucaí. 

Caroline Miranda Tiso de Melo, Universidade presidente Antônio Carlos

Acadêmica de medicina, Universidade presidente Antônio Carlos - Juiz de Fora. 

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Publicado

2023-11-14

Como Citar

Miranda, G. G., Dutra, C. M., Franco, A. C., Mello, L. M. de, & Melo, C. M. T. de. (2023). OS TIPOS DE ESTRABISMO E AS TÉCNICAS CIRÚRGICAS INDICADAS PARA SEU TRATAMENTO. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 9(10), 2808–2818. https://doi.org/10.51891/rease.v9i10.11919