DIREITOS HUMANOS E JORNALISMO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE ‘A ALMA ENCANTADORA DAS RUAS’ DE JOÃO DO RIO

Resumo

O seguinte trabalho terá como assunto principal o Jornalismo Literário. Será uma pesquisa exploratória, que terá como objeto de estudo reportagens produzidas por João do Rio, em sua obra ‘A Alma Encantadora das Ruas’. A proposta central será analisar três textos do livro, sob a perspectiva da ‘Estrela de Sete Pontas’. A ‘Estrela’ foi desenvolvida pelo autor Felipe Pena (2008), e tem por objetivo identificar elementos imprescindíveis presentes nas narrativas jornalístico-literárias.

O objetivo aqui não é verificar se o trabalho realizado por João do Rio se enquadra nas definições de Jornalismo Literário, pois isto já é sabido. O propósito é explorar os textos do autor, analisando as especificidades das narrativas através da ‘Estrela’, e dessa forma, concomitantemente, experimentar as categorias de Pena (2008), para verificar sua validade teórica e, assim, as propor com técnica de análise.

Para tanto, o trabalho será dividido em três capítulos. O primeiro abordará o jornalismo de forma abrangente, elencando tópicos como: a definição e a função da atividade na sociedade, a história e as diferentes narrativas. Nesse capítulo os principais autores que serão utilizados são: Bahia (1990), Marcondes Filho (2001), Pena (2013), Sousa (2008), Traquina (2012).

Para compreender melhor sobre o tema central deste trabalho, e baseado em autores como Lima (1993), Vilas Boas (2008), Pena (2008), Talese (2004), e outros, o segundo capítulo retratará especificamente o Jornalismo Literário, revisando sobre: histórico, definições, características, formatos e principais autores. O terceiro capítulo será destinado à análise das reportagens ‘Os tatuadores’, ‘Os trabalhadores de estiva’, e ‘A galeria superior’, publicadas originalmente entre 1904 e 1907, no jornal ‘Gazeta de Notícias’ e na revista ‘Kosmos’.

Este trabalho foi motivado pela tentativa de compreender de forma mais contundente sobre Jornalismo Literário e a forma como ele é desenvolvido, já que o ‘gênero’ é pouco estudado na graduação, e é notável sua importância para os profissionais que decidem ultrapassar as barreiras do jornalismo convencional e se aventurarem numa narrativa híbrida, dinâmica e criativa.