INCIDÊNCIA DE DOENÇA DE CHAGAS SOB INFLUÊNCIA DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NA AMAZÔNIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v9i9.11138

Palavras-chave:

Doença de Chagas. Epidemiologia. Meio ambiente. Degradação Ambiental. Doenças Tropicais.

Resumo

Doenças relacionadas a problemas ambientais que ocorreram nos últimos anos tiveram um impacto crescente na disseminação de doenças infecciosas, principalmente aquelas transmitidas por vetores como Malária, Leishmaniose e Doença de Chagas, essas doenças continuam sendo uma das mais importantes causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Claramente, questões sociais combinadas a degradação ambiental e a perturbação ecológica, sejam de origem natural ou humana, têm um impacto significativo no surgimento e disseminação de certas doenças, como a DC. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar os impactos de elementos socioambientais na prevalência da Doença de Chagas na Amazônia. Isso será feito por meio de extensa revisão de trabalhos científicos centrados no tema sugerido. O Estudo envolve um levantamento minucioso de fontes bibliográficas, incluindo livros, revistas e artigos já publicados em bases de dados como Scielo, PubMed, Lilacs, Zenodo, dos últimos 10 anos. Como critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados artigos, livros e papers publicados entre 2014 e o primeiro semestre de 2023. Durante a investigação, constatou-se a falta de pesquisa que descrevam com mais detalhes as problemáticas socioambientais relacionados a doença de Chagas na Amazônia brasileira, esta informação é utilizada para reforçar e elucidar o problema em questão. Ao apresentar e analisar os pontos de vista de vários autores sobre o tema, a pesquisa visa, em última análise, colocar questões instigantes que irão inspirar os leitores a explorar novos caminhos em sua busca do conhecimento cientifico sobre o assunto. Após analises realizadas nas literaturas verificou-se que aproximadamente 3 milhões de pessoas no Brasil estejam infectadas pelo protozoário Trypanosoma cruzi (T. cruzi), causador da DC. A transmissão da doença é baseada em relacionamentos humanos-vetores aprimorados, muitas vezes ditados pela degradação dos ambientes naturais e pela migração de triatomíneos de seus habitats. Nos últimos anos, houve um aumento significativo de casos nas regiões Norte, incluindo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Além disso, o desmatamento e as diferenças sociais são vistos como os principais responsáveis na alteração do equilíbrio entre vetores e humanos e, assim, contribui para a maior incidência da doença. A pesquisa também mostrou que a doença de Chagas na região Norte foi classificada como DC aguda, pois esteve associada à contaminação alimentar desses casos registrados entre 2014 e 2017, sendo o maior índice registrado no estado do Pará. Depois de analisar os achados deste estudo, fica claro que a doença de Chagas continua sendo um grande problema de saúde pública no Brasil, especialmente na região amazônica. Além disso, os dados obtidos no estudo permitiram compreender que, a prevalência na maioria dos casos de DC, está relacionado com problemas de degradação ambiental e sociais. Por fim, é importante trabalhar a prevenção da Doença de Chagas na região amazônica, o que pode ser alcançado por meio do aprimoramento e manejo de atividades voltadas para o desenvolvimento da atividade agrícola de forma sustentável, reduzindo os danos ambientais e a alteração do habitat natural.

Biografia do Autor

Marcos Vinicius Afonso Cabral, Universidade do Estado do Pará

Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Estado Pará – UEPA. Especialista em Análise Ambiental, Universidade Federal do Pará – UFPA. ORCID: 0000-0002-1328-313X. 

José Augusto Carvalho de Araújo, Universidade do Estado Pará

Doutor em Sociologia, Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR. Professor efetivo da Universidade do Estado do Pará – UEPA. Mestre em Sociologia, Universidade Federal da Paraíba – UFPB. ORCID: 0000-0002-4503-7857. 

Larissa Coelho Pereira Silva, Universidade do Estado Pará

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais - Universidade do Estado do Pará – UEPA. Especialista em Docência no Ensino de LIBRAS – ESAMAZ.

Amauri Mesquita de Sousa, Universidade Norte do Paraná – UNOPAR

Graduando em Enfermagem, Universidade Norte do Paraná – UNOPAR. Técnico em Agropecuária, Instituto Federal do Pará – IFPA. ORCID: 0000-0002-4756-401X. 

Viviandra Manuelle Monteiro de Castro Trindade, Universidade do Estado do Pará – UEPA

Mestranda em Ciências Ambientais, Universidade do Estado do Pará – UEPA. Graduada em Engenheira Agrônoma –UFRA. 

Ruy Adryan da Silva Costa, Universidade do Estado Pará

Mestrando pelo Programa de  Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Estado do Pará – UEPA. Especialista em Segurança do Trabalho – Faculdade Faci -Wyden. ORCID: 0009-0002-4479-8061.

 Emanoelen Bitencourt e Bitencourt, Universidade do Estado Pará

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Estado do Pará – UEPA. Especialista em Sistemas de Gestão Integrados, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC. ORCID: 0000-0002-5560-6347. 

Andrea Ligori Rodrigues Resende, Universidade do Estado Pará

Mestranda pelo programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Estado do Pará – UEPA. Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. 

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Publicado

2023-09-29

Como Citar

Cabral, M. V. A., Araújo, J. A. C. de, Silva, L. C. P., Sousa, A. M. de, Trindade, V. M. M. de C., Costa, R. A. da S., … Resende, A. L. R. (2023). INCIDÊNCIA DE DOENÇA DE CHAGAS SOB INFLUÊNCIA DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NA AMAZÔNIA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 9(9), 1–13. https://doi.org/10.51891/rease.v9i9.11138