COVID-19 E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: REVISÃO DE MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS

Resumo

A COVID-19, oriunda do vírus SARS-CoV-2, denominada assim pela OMS (Organização Mundial da Saúde), teve seu surgimento em 2019 na China, espalhando-se pelo mundo sendo responsável por uma extensa pandemia. As manifestações clínicas apresentam-se de formas variadas, desde manifestações leves, até quadros severos. Pode ser observada uma frequência relativamente alta de doença tromboembólica associada ao coronavírus. Desse modo, essa revisão propõe demonstrar a ocorrência do tromboembolismo pulmonar em consequência da COVID-19. Foi realizado uma busca nas bases de dados PubMed, MEDLINE, LILACS e Scielo com o seguinte descritor: “COVID-19 e tromboembolismo pulmonar” entre os anos 2020 e 2022. A partir da pesquisa obteve-se 560 resultados, na qual foram excluídos 483 artigos por triagem de título e leitura de resumo, restando 77 resultados e, após uma nova revisão, 10 artigos foram selecionados para o estudo final. Os mecanismos dos processos tromboembólicos, até o momento não estão bem definidos, porém em infecções graves tem sido atribuída a resposta inflamatória, hipóxia, coagulação intravascular disseminada e imobilização dos pacientes, principalmente hospitalizados em UTI (unidade de terapia intensiva). Com isso, foi possível concluir que a incidência de embolia pulmonar foi maior em pacientes na UTI, do sexo masculino e com idade avançada. Também foi observado que, em alguns casos, a oclusão da artéria pulmonar detectada por estudos de imagem, foi ocasionada por trombos formados in loco, em vez de êmbolos de trombos em veias periféricas como resultado de um processo inflamatório.