LUPUS ERITEMATOSO JUVENIL: AVALIAÇÃO PEDIÁTRICA E TRATAMENTO CLÍNICO

Resumo

Introdução O lúpus eritematoso juvenil é uma doença autoimune crônica que afeta predominantemente jovens, apresentando uma ampla gama de manifestações clínicas que vão desde sintomas cutâneos até envolvimento sistêmico grave. Caracterizada pela produção de anticorpos contra tecidos próprios, a doença pode resultar em inflamação e dano em múltiplos órgãos. O diagnóstico precoce e a gestão eficaz são essenciais para minimizar o impacto da doença na vida do paciente e prevenir complicações a longo prazo. A compreensão detalhada das manifestações clínicas, dos critérios diagnósticos e das estratégias terapêuticas é fundamental para melhorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes com lúpus eritematoso juvenil.Objetivo: a revisão sistemática de literatura visou analisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre o diagnóstico, tratamento e manejo do lúpus eritematoso juvenil, com ênfase nas abordagens terapêuticas mais recentes e na gestão das complicações associadas à doença. A revisão buscou fornecer uma visão abrangente das práticas atuais e identificar lacunas no conhecimento que poderiam direcionar futuras pesquisas na área.Metodologia A metodologia seguiu o protocolo PRISMA para revisões sistemáticas, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram empregados cinco descritores específicos: "lúpus eritematoso juvenil", "diagnóstico", "tratamento", "complicações" e "manejo clínico". A busca foi restrita a artigos publicados nos últimos 10 anos. Os critérios de inclusão incluíram estudos que abordaram diagnóstico e tratamento do lúpus eritematoso juvenil, artigos revisados por pares e pesquisas clínicas relevantes. Os critérios de exclusão abrangeram artigos não focados no lúpus juvenil, estudos com amostras de tamanho inadequado e publicações não revisadas por pares Resultados Os resultados revelaram que o diagnóstico precoce e a abordagem terapêutica personalizada são cruciais para o manejo eficaz do lúpus eritematoso juvenil. A revisão destacou o papel fundamental dos critérios diagnósticos padronizados e dos testes laboratoriais específicos na avaliação da atividade da doença. Avanços recentes incluíram o uso de novas terapias imunossupressoras e o desenvolvimento de estratégias para o manejo das complicações graves, como a nefrite lúpica. O suporte psicossocial também foi identificado como essencial para melhorar a adesão ao tratamento e a qualidade de vida dos pacientes Conclusão A conclusão da revisão destacou que, apesar dos avanços significativos no diagnóstico e tratamento do lúpus eritematoso juvenil, a doença continua a representar um desafio considerável. O tratamento eficaz exige uma abordagem multidisciplinar e personalizada, com foco na monitorização contínua e na gestão das complicações. A educação do paciente e o suporte psicossocial são elementos-chave para otimizar os resultados clínicos e garantir uma melhor qualidade de vida. Os avanços na pesquisa e nas terapias têm melhorado o prognóstico, mas a necessidade de mais estudos para abordar lacunas existentes continua evidente.