PRÉ-ECLÂMPSIA E RISCO CARDIOVASCULAR DE LONGO PRAZO EM MULHERES: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E ABORDAGENS DE TRATAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i7.14775Palavras-chave:
Pré-eclâmpsia. Risco cardiovascular. Resultados a longo prazo. Manifestações clínicas e estratégias de tratamento.Resumo
A pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gestação, caracterizada pela hipertensão arterial e proteinúria após a 20ª semana de gravidez. Além dos riscos imediatos para a mãe e o feto, estudos recentes sugerem uma associação entre pré-eclâmpsia e o aumento do risco cardiovascular a longo prazo nas mulheres afetadas. Esta condição pode predispor as pacientes a desenvolver hipertensão crônica, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e outras complicações cardiovasculares no futuro. Objetivo: Esta revisão sistemática de literatura visa examinar as manifestações clínicas da pré-eclâmpsia e suas implicações no risco cardiovascular de longo prazo em mulheres, além de avaliar as abordagens de tratamento utilizadas para mitigar esses riscos. Metodologia: A revisão foi conduzida de acordo com o checklist PRISMA. Utilizaram-se as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science para buscar artigos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram "preeclampsia", "cardiovascular risk", "long-term outcomes", "clinical manifestations", e "treatment strategies". Os critérios de inclusão foram estudos que exploraram a relação entre pré-eclâmpsia e risco cardiovascular a longo prazo, apresentaram resultados clínicos relevantes e estavam disponíveis em texto completo. Critérios de exclusão incluíram estudos com amostras pequenas, falta de dados relevantes e não disponibilidade do texto completo. Resultados: A revisão identificou que mulheres com histórico de pré-eclâmpsia têm maior probabilidade de desenvolver hipertensão crônica, dislipidemia e diabetes mellitus tipo 2. Fatores como gravidade da pré-eclâmpsia, idade gestacional no momento do diagnóstico e presença de proteinúria influenciam o risco cardiovascular subsequente. Intervenções precoces, como modificações no estilo de vida e terapia medicamentosa, foram associadas a melhores desfechos a longo prazo. Conclusão: A pré-eclâmpsia não apenas representa um desafio durante a gestação, mas também carrega implicações significativas para a saúde cardiovascular das mulheres após o parto. Estratégias de manejo e acompanhamento adequadas são essenciais para mitigar os riscos cardiovasculares a longo prazo nessas pacientes, destacando a importância da conscientização e da pesquisa contínua nesse campo.
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