PREVALÊNCIA DE VAGINISMO ENTRE AS MULHERES NO ESPÍRITO SANTO E A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE O ASSUNTO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14618Palavras-chave:
Vaginismo. Disfunção sexual. Transtorno da dor sexual feminina.Resumo
O objetivo desse trabalho foi determinar a prevalência de mulheres com Vaginismo no Espírito Santo, além do nível de conhecimento ou entendimento sobre essa patologia tanto por parte dos profissionais da saúde quanto da população feminina geral. Os dados deste estudo foram coletados através de um questionário feito pela Plataforma Google Forms, elaborado com perguntas direcionadas à avaliação da percepção de mulheres e profissionais da saúde em relação ao Vaginismo. Por meio dos dados coletados, identificou-se que mais da metade das mulheres relatam terem sido expostas a uma educação sexual rígida e quase 80% afirmam que vivenciaram situações de trauma sexual. Além disso, os resultados da pesquisa revelam relações significativas entre o uso de drogas ilícitas e a experiência de dor durante as relações sexuais. Das participantes da pesquisa, 65,3% das mulheres relataram já terem sentido dor durante a relação sexual. Todavia, com base nos dados coletados, somente 1 caso de Vaginismo foi relatado. Das 202 participantes da pesquisa, 132 (65,3%) referem ter conhecimento sobre o que é Vaginismo e 70 (34,7%) negam saber, sendo que 130 (64,4%) não são profissionais de saúde, enquanto 72 (35,6%) são. Entre as profissionais de saúde consultadas, 56 (77,7%) relataram ter conhecimento sobre Vaginismo, o que ressalta que, apesar de a maioria ter conhecimento sobre a temática, ainda há profissionais que desconhecem a patologia. Conclui-se, portanto, que, apesar de o Vaginismo ser uma doença prevalente entre mulheres com vida sexual ativa em todo o mundo e dos fatores de risco para o desenvolvimento dessa patologia serem relevantes em meio às respostas do questionário, a escassez de respostas referindo diagnóstico prévio de Vaginismo pode apontar para a carência de conhecimento sobre o tema, tanto por parte dos profissionais da saúde quanto da população feminina geral. Dessa maneira, o desconhecimento acerca dessa patologia pode prejudicar a realização do diagnóstico e tratamento adequados para aquelas que sofrem com essa enfermidade.
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