AVALIAÇÃO CIRÚRGICA DO EIXO FÍGADO-INTESTINO NA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL E NAS DOENÇAS HEPÁTICAS: EVIDÊNCIAS ATUAIS E DIREÇÕES FUTURAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14507Palavras-chave:
Doença inflamatória intestinal. Doenças hepáticas. Avaliação cirúrgica. Interação fígado-intestino. Cirurgia gastrointestinal.Resumo
Avaliar o eixo fígado-intestino na doença inflamatória intestinal (DII) e nas doenças hepáticas é essencial para compreender a inter-relação entre esses sistemas e a influência mútua em sua fisiopatologia. A DII, que engloba a doença de Crohn e a colite ulcerativa, é caracterizada por inflamação crônica do trato gastrointestinal, enquanto as doenças hepáticas, como a esteatose hepática não alcoólica (NAFLD) e a hepatite autoimune, afetam o fígado. A interação entre essas condições é complexa e pode influenciar a progressão e o manejo clínico de ambas. Objetivo: Analisar evidências atuais sobre a avaliação cirúrgica do eixo fígado-intestino em pacientes com DII e doenças hepáticas, identificando lacunas de conhecimento e direcionando pesquisas futuras. Metodologia: Para conduzir a revisão sistemática, seguimos o checklist PRISMA. Inicialmente, realizamos uma pesquisa nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, focando em artigos publicados nos últimos 10 anos. Utilizamos cinco descritores específicos: "doença inflamatória intestinal", "doenças hepáticas", "avaliação cirúrgica", "interação fígado-intestino" e "cirurgia gastrointestinal". Incluímos estudos que abordavam a avaliação cirúrgica do eixo fígado-intestino em pacientes com DII ou doenças hepáticas, disponíveis em texto completo e escritos em inglês, português ou espanhol. Os Critérios de exclusão foram: Estudos que não focavam na interação entre fígado e intestino, revisões narrativas e estudos em animais. Resultados: A análise revelou uma variedade de abordagens cirúrgicas, como transplante hepático em pacientes com DII e doenças hepáticas concomitantes, e procedimentos de ressecção intestinal em casos selecionados. Além disso, a influência da microbiota intestinal e da permeabilidade intestinal emergiu como áreas de interesse. No entanto, lacunas de conhecimento persistem na compreensão da melhor abordagem cirúrgica e na gestão conjunta dessas condições. Conclusão: A avaliação cirúrgica do eixo fígado-intestino na DII e nas doenças hepáticas é essencial para uma abordagem holística do paciente. Embora haja avanços na compreensão dessa interação, são necessárias mais pesquisas para orientar práticas clínicas e terapêuticas eficazes.
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