INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS NA PRÁTICA ODONTOLÓGICA

Resumo

: O cirurgião-dentista apresenta competência e é habilitado para a prescrição de medicamentos, os quais são, quando necessários, utilizados na prática clínica. Contudo, é imprescindível o conhecimento da farmacologia desses fármacos, incluindo as possíveis interações medicamentosas, principalmente em pacientes idosos, que são mais expostos à polifarmácia. Portanto, o estudo tem como objetivo avaliar possíveis interações medicamentosas dos fármacos da rotina de pacientes idosos, com medicamentos que são receitados por diferentes especialidades odontológicas. Para a realização da revisão de literatura, foi realizada uma busca pelas bases de dados virtuais BVS e MEDLINE, na qual, foram utilizados os descritores: Odontologia; Interações medicamentosas; assistência odontológica para idosos. Ademais, foram incluídos livros, monografias, dissertações, teses e artigos, publicados nos últimos 20 anos, estando incluídos textos nacionais e internacionais, e que estivessem relacionados ao tema. Foram excluídos os estudos que não abordassem o assunto interação medicamentosa em odontologia ou que não estivessem disponíveis na íntegra. A população idosa é a que mais utiliza fármacos, uma vez que, nessa faixa etária, as doenças crônicas são mais comuns, como a diabetes, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Não é incomum esses pacientes apresentarem mais de uma comorbidade, fazendo uso de vários medicamentos simultaneamente. Na Odontologia, o tratamento medicamentoso de algumas afecções e a administração de anestésicos locais é corriqueiro, podendo resultar em interação medicamentosa. Além disso, a polifarmácia aumenta a suscetibilidade aos efeitos adversos. Dentre os fármacos mais utilizados na Odontologia que podem desencadear as interações medicamentosas estão: os anestésicos locais, os anti-inflamatórios não-esteroidais e os antibióticos. O sucesso do tratamento odontológico depende do conhecimento teórico-prático do cirurgião-dentista. Estar atento às possíveis interações medicamentosas que possam ocorrer com os pacientes é de suma importância na prevenção de agravos à saúde e na diminuição dos gastos associados à assistência à saúde.