O ARCO DE MAGUEREZ NO ENSINO EM SERVIÇO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA EXPERIÊNCIA PARA FORTALECER A SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA

Resumo

Introdução: Os Transtornos Mentais possuem elevada prevalência mundial, gerando  morbidades, sequelas e mortalidades. Na busca por formar profissionais de saúde diferenciados,  o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família está inserido  na nova política nacional da formação, em apoio à Estratégia Saúde da Família (ESF). Atrelado  a isso, está a necessidade aprimorar a saúde mental comunitária. Objetivos: O objetivo deste  estudo foi demonstrar a vivência da metodologia ativa Arco de Maguerez no exercício da  preceptoria na Residência em Saúde da Família, na condução de melhorias na linha de cuidado  mental comunitária. Metodologia: O estudo se desenvolveu como fruto de uma pesquisa intervenção, mediante atuação na preceptoria do Programa de Residência da Universidade  Federal do Piauí (UFPI), em uma Unidade de Saúde da ESF da cidade de Parnaíba-PI, nos anos  de 2022 e 2023. O trabalho utilizou a metodologia problematizadora do Arco de Maguerez,  composto por cinco etapas: Observação da Realidade, Pontos-chave, Teorização, Hipóteses de  Solução e Aplicação à Realidade. Resultados e Discussão: A aplicação do Arco como método  de ensino e aprendizagem na Residência, possibilitou aos envolvidos observar as situações  preocupantes na assistência em saúde mental aos usuários da ESF, teorizar sobre elas, bem  como levantar hipóteses de solução e executá-las, através de capacitações em serviço e a criação  de uma tecnologia educacional para o acompanhamento dos transtornos mentais dos usuários  adscritos ao território da ESF. O Arco de Maguerez foi uma potente ferramenta de ensino, e  executar suas etapas exigiu planejamento e interligação entre a teoria e a prática reflexiva,  tornando os executores protagonistas na dissolução da situação-problema em serviço. Conclusão: Este estudo teve como ponto de partida a realidade vivenciada, transformando-a.  Acredita-se que, além apresentar uma configuração adequada ao problema da saúde mental  identificado na ESF, promoveu a ação-reflexão-ação dos residentes, desenvolvendo competências indispensáveis para a atuação profissional requerida pelos serviços de saúde.